SOS árvores

Uma bela mensagem ao amanhecer

Francisco Nery Júnior 

Elas estão morrendo. De sede estão a morrer. E vocês, leitores, muitos de vocês a poetizar no Dia da Árvore, não fazem nada. Bem pertinho da sua porta – e você nada faz. Nem um balde velho de água usada. Nenhum. Nem um! Pelo menos um. Elas agradeceriam. E você seria abençoado.

Você, preste atenção, está jogando fora a benção. Eu quero dizer a benção de ser jardineiro do Jardim do Éden. O jardim do Senhor, cara! Caro amigo – e é por você ser amigo que escrevo, assim escrevo, desaforadamente escrevo -, você está livre para me retornar todos eles, os desaforos, sobre a minha cabeça. Aguentarei o tombo em nome das árvores agonizantes de Paulo Afonso.

Vamos lá, pessoal, elas esperam a sua salvação. Sua e delas. Preste bem atenção: se elas morrerem, você certamente morrerá. Mais tarde ou mais cedo, morrerá. O Poder Público não pode tudo. Uma mãozinha nossa e o Jardim Paulo Afonso será preservado. Não importam os caprichos da Natureza agravados pela incúria de nós outros jardineiros ad hoc de Deus.

Dê uma olhada nas fotos de algumas das nossas árvores a agonizar. Se você não se sensibilizar, assumimos o compromisso de não mais tocar no assunto. Vamos para as baladas da vida, talvez às esbórnias e tudo mais. Caminhemos para o desastre atrás dos gurus da moda. Afinal, tudo rola para o mesmo abismo.

Assim acabamos de conversar com leitores em quem confiamos e sabemos aptos a reagir e salvar um dos bens mais preciosos legados aos homens por Deus – as árvores!

A mensagem do título me chegou ao amanhecer de hoje enviada pelo poeta Vicente Damasceno. Chegou a calhar.

Francisco Nery Júnior

P.S. - SOS – Literalmente save our souls em inglês (salve nossas almas).