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Professor Nery

O ímpeto de administrar

Paulo Afonso no trilho certo

Publicada em 19/01/25 às 21:41h - 114 visualizações

Francisco Nery Júnior


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O ímpeto de administrar
 (Foto: imagem ilustrativa)

O ímpeto de administrar

Paulo Afonso no trilho certo

Francisco Nery Júnior 

Há que haver ímpeto. Romper barreiras. Erradicar vícios. Apostar no trabalho. Ajeitar o cachimbo na boca para boas baforadas. Falamos da administração municipal.

Li sobre um prazo para a manutenção dos cavalos da cidade nas rédeas e nos currais. Nada mais certo. Nada mais lógico. Nada mais prudente. A título de informação, o nosso filho único quase perdeu a vida ao chocar a sua motocicleta contra um cavalo na pista da rodovia Recife/Paulo Afonso. Milagrosamente acordou dentro de uma ambulância do SAMU.

No volume dois de suas memórias, o economista Roberto Campos cita uma anedota segundo a qual seria prudente haver em uma equipe um membro de cabelos brancos, um careca e um barrigudo. Cabelos brancos para experiência, careca talvez com boas ideias dentro da cabeça para compensar os parcos cabelos e barrigudo como sinônimo de alguém bonachão no sentido de conciliador.

Na administração José Ivaldo, a discussão sobre o que fazer sobre porcos e bodes soltos nas ruas do Tancredo Neves. Lembro-me de ter pedido a palavra e argumentado que muitos moradores do bairro não tinham condições de sobreviver sem esse tipo de criação. A minha proposta era que se investisse em campanhas de esclarecimento ao longo dos próximos anos e que a administração contasse com o desenvolvimento do país, e consequentemente da cidade, que trariam, por si só, a solução para o problema. Pelo que me lembro assim foi feito e hoje, pelo que tenho constatado, não se veem mais aqueles animais soltos nas ruas do bairro.

Administrar com amor é fundamental. A expressão está fora de moda, mas é fundamental. Uma das razões da queda de um dos melhores presidentes americanos, Richard Nixon – a perda de apoio no Congresso – foi o seu jeito jocoso, birrento e odioso de tratar dos negócios de governo revelado nas gravações ordenadas pelo próprio presidente. As gravações foram um conjunto probatório entregue de bandeja aos seus inimigos políticos.

Embora o Brasil se encontre estagnado com uma dívida interna de cerca de 9 (nove) trilhões de reais, o que não permite o desenvolvimento da infraestrutura do país, fundamental para o desenvolvimento, sem condições de planejamento público ou privado gerado por uma inflação renitente fruto da expansão monetária descontrolada; embora ainda pela falta de reformas indispensáveis para aquele desenvolvimento temos, talvez, ainda alguma esperança de uma virada de mesa.

Nossas reservas internacionais ainda são razoáveis, o agronegócio é um dos mais avançados do mundo, o Brasil já é exportador de petróleo e o nosso Banco Central foi classificado como o melhor do mundo.

Se não somos o ferreiro da maldição que sempre que tinha ferro faltava carvão, pode haver esperança. Vencida a crise do petróleo, instalou-se a crise da dívida externa. Esta contornada, veio a hiperinflação. Debelada a hiperinflação, o irresponsável endividamento interno atual que drena todo o esforço dos pagadores de impostos.

Se, por um milagre qualquer, nos for enviado um profeta salvador – enquanto ainda há esperança -, a nova administração municipal pode ir pensando em cooptar pequenos e parcos recursos de fora do orçamento e procurar otimizar o pouco disponível para manter o moral e o otimismo tão necessários para o desenvolvimento e a felicidade dos nossos munícipes. Intrigante que quase não se ouvem mais expressões como “se Deus quiser”, “graças a Deus”, “queira Deus”, “se Deus assim permitir”, ou mesmo “oxalá”.

O coroamento para o sucesso pode vir através de uma compreensível e vetusta reforma administrativa casada com medidas originais como, por exemplo, a reserva de uma porcentagem do que entra no cofre para investimentos na cidade ou a liberação de qualquer recurso, por mínimo que seja, apenas com a assinatura do senhor prefeito, ou de um único auxiliar de extrema confiança ad hoc.

Antônio Carlos Magalhães foi ganhando a confiança dos baianos com pequenas realizações. “É mais uma obrinha”, até colocar a Bahia no lugar que ela sempre mereceu no cenário nacional.

Francisco Nery Júnior


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1 comentário


Socorro Mendonça

20/01/2025 - 13:25:44

Nery imortal querido, obrigada pela excelente matéria que nos leva refletir sobre a importância de mudanças na administração pública MunicipalHoje vislumbramos dias melhores. Vamos pois, fazermos nossa parte. Juntos somos fortes.


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