E viva a Guarda Municipal
Francisco Nery Júnior
O STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu o óbvio, aquele óbvio que precisa ser dito e cujo reconhecimento alguns alegam ser um feudo privilegiado dos gênios. Pois os gênios do STF, capas pretas pesadas nos ombros, vozes de quem se sente investido de todo o poder, vozes que um dia na marcha dos tempos fatalmente se calarão na escuridão e na poeira nada agradável da sepultura; vozes ouvidas e reconhecidas em todas as beiras e rincões do Brasil privilégio passado dos craques da seleção de futebol brasileira e dos cantores de pagode; essas vozes bem postadas, pejadas de orgulho no poleiro da fama, que retumbam nos nossos ouvidos e se impõem na vetustez da corte, reconheceram o direito de os guardas municipais viverem.
Eles deram status de polícia às guardas municipais cujos efetivos ficavam à mercê dos bandidos e dos malandros. Eram alvos fáceis com um pedaço de pau na mão que chamamos de cassetete por vezes a enfrentar bandidos armados de fuzis reservados ao uso das forças armadas. Agora poderão exercer as funções de segurança e polícia fundamentados no nosso reconhecimento – e gratidão – e em condições de defesa contra os malfeitores.
Do canto da nossa insignificância, leitores e membros do site desejamos vida longa aos nossos guardas municipais!
Francisco Nery Júnior
P.S. A eles, de passagem, a lembrança que “a quem se dá mais, se se exige mais”.