Eis que chega o momento, o tempo preciso, ah... o tempo, para Patrícia Santos apresentar os seus sentimentos sobre esse tema universal.
Convivendo, como todos nós, entre flores e espinhos, ela apresenta esses dois elementos, companheiros de sua ainda jovem caminhada, em um livro de poesias...
Quando me foi dada a honra de escrever algo sobre o poeta Edson Mendes, da Academia de Letras de Paulo Afonso e que lançava uma trilogia reunindo textos de vários períodos de sua vida, eu me lembrei dos versos de Fernando Pessoa que escreveu magistralmente:
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente,
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Analisando essa estrofe, afirmei que o poeta é uma grande esfinge que, mesmo observada sobre todos os ângulos continua ali, firme, enigmática, grávida de lutas e de lutos.
O poeta age e reage naturalmente em sua caminhada, no conviver diário com outras pessoas, Nada há naquele ser, homem ou mulher, que o diferencie dos outros que estão à sua volta.
Mas, no seu interior há um vulcão agitado ou uma paisagem paradisíaca de um manso e suave correr de águas cristalinas num vale florido e harmonioso...
O poeta, a poetisa, utiliza os sentimentos – os mais variados deles – para brincar com as palavras e a inspiração para construir mensagens que podem tocar outras pessoas...
No seu interior, pode estar um rio que traz fascinação desde a infância ou um olhar diferenciado para outra pessoa...Pode estar no sofrimento do outro, na carência de afeto, no questionamento do que não se entende de imediato.
O que pode vir da alma de um poeta? Como explicar que um sertanejo analfabeto, já bem idoso, doente, instigado pelos seus amigos para que explique o que é SAUDADE e fale desse sentimento assim, em versos imediatos, de improviso.
Essa palavra Saudade
conheço desde criança.
Saudade de amor ausente
não é saudade, é lembrança.
Saudade só é saudade
quando morre a esperança...
Falei em sentimento, poesias, poetas imortais para, na verdade, apresentar a todos, mais uma vez, porque outros também já fizeram isso, uma jovem poetisa que, ainda que meio timidamente, lança o seu primeiro livro de poesias.
É se chama Patrícia Santos, pauloafonsina, formada em pedagogia pela UNEB, moradora do BTN, que fez um grande esforço para reunir os poemas que foi escrevendo ao longo de sua caminhada e produzir o livro chamado Entre flores e espinhos.
Os poemas falam de sua paixão pelo rio São Francisco e, de certa forma, relata, enquanto poeta, os encontros e desencontros que a vida nos reserva.
Li que a jovem poetisa Patrícia “traz a beleza das FLORES, representadas pela a fé, amor à família, amizades, paixão pelo rio São Francisco, amadurecimento e superação, além de expor poeticamente suas batalhas internas, seus desafios, inclusive uma depressão na adolescência, ou seja, seus ESPINHOS”.
E ela acrescenta: “O livro é uma reunião de poemas que escrevi ao longo da vida. Fala sobre as dificuldades da vida, da família, paixões, tristezas alegrias, lugares...” Sobre o tempo, outro grande enigma da humanidade, ela diz:
O Tempo
Quando menos se espera,
Lá se foi ele!
Tão silencioso e tão veloz.
Vai levando consigo,
o melhor de nós!
Há quem diga
que ele faz crescer o rancor,
outros dizem que
tudo ele cura,
ficando somente o amor!
Há momentos em que ele
Eternidade se parece
E nos instantes de prazer
Num piscar de olhos,
desaparece!
A criança não tem noção.
Quando jovens, é infinito!
Na maturidade, vem o lamento.
Mas é mesmo na velhice
Que o nosso maior desejo
É só voltar no tempo
(Patrícia Santos, do livro Entre flores e espinhos – poesias de uma vida)
O livro é mais uma edição da Editora Oxente, gerenciada pelo acadêmico da ALPA, Rubinho Lima (Whatsapp – (75)98807-3930).
Adquira o livro Entre flores e espinhos, de Patrícia Santos, através do e-mail patriciasantospa@hotmail.com ou pelo WhatsApp (75)98811-5656.