O incentivo da Lei Aldir Blanc permitiu que algumas pessoas vissem surgir a oportunidade de colocar em prática ideias e sonhos antigos e, desta forma, contribuir com a cultura local, de alguma forma.
Dentre os projetos desenvolvidos com esse apoio, através da Secretaria de Cultura e Esportes de Paulo Afonso, chega às redes sociais um deles que, particularmente, mereceu a minha atenção e de diretores da Academia de Letras de Paulo Afonso.
É o projeto Paulo Afonso, vida no Sertão de Givanildo Alencar, que apresenta em pequenos vídeos a história de Paulo Afonso, narrada de forma poética e musical e, desta forma, fazendo um resgate, com outros olhares, da história e da memória de Paulo Afonso, como disse, um dos pilares da Academia de Letras de Paulo Afonso.
Para realizá-lo, juntaram-se um Pedagogo, Givanildo Alencar, uma Bióloga, Marinice Lima, ambos também artistas plásticos autodidatas e a eles se chegaram um narrador, Édipo Luan e um editor de vídeos, Alex Sandes, reunidos por Givanildo e o sonho se fez realidade.
O resultado não poderia ser mais didático e agradável e certamente alcançou o objetivo desse projeto que, segundo os seus criadores, “é fazer conhecida a cidade e a cultura de Paulo Afonso, contando sua história através da arte audiovisual pois, com o constante aumento de acesso nas redes sociais, devido ao isolamento social no período da pandemia, a cidade tem um potencial oportuno de apresentar sua história no cenário nacional de uma forma simples e didática”.
Givanildo Alencar, sempre teve o desejo de ilustrar a história de Paulo Afonso. Através do edital de premiação da Lei Aldir Blanc, ele enxergou a possibilidade de realizar esse seu desejo, através de desenhos artísticos e contar essa história e, para facilitar a audição e não se tornar muito cansativo, decidiu dividir a história em quatro pequenos vídeos de cerca de 4 minutos cada um.
Coube então a Marinice Lima a missão de pesquisar em fontes históricas, produzir o texto e narrá-lo. No processo de construção do texto, ela optou por dar um toque poético ao mesmo, decidindo contar a história do município na primeira pessoa do singular. É a cidade que fala. Assim, viu a necessidade da inclusão de uma voz masculina e, juntamente com Givanildo, convidou Édipo Luan para dar um toque especial na narração.
Segundo Givanildo, em depoimento ao jornal Folha Sertaneja, “eu me inscrevi individualmente na Secretaria de Cultura e resolvi reunir esse grupo apenas para desenvolver esse projeto.
É importante dizer que esse trabalho não seria possível se não fosse pelas obras realizadas pelos nossos historiadores locais, Antônio Galdino da Silva e João de Souza Lima, e de outras fontes de pesquisas científicas. Além disso, a trilha sonora das músicas regionais de Luiz Gonzaga e de outros músicos e compositores de Paulo Afonso e região, a exemplo de Luciel Rodrigues, Luiz Tenório e Oscar Silva, trouxe vida ao projeto”.
Marinice, por sua vez, informa que ela e Givanildo estão há algum tempo estabelecidos em frente à Casa O Ferrageiro em um espaço de artes em que se trabalha com desenhos e pinturas. O espaço chama-se Arte Personnalité.
O organizador do projeto Paulo Afonso, vida no Sertão, aproveita para “expressar a nossa gratidão e reconhecimento a esses profissionais e esperamos que a sociedade paulafonsina usufrua desse material, compartilhando-o de forma ampla”.
Os vídeos, de que apresentamos o Nº 1 ao N°4, encontram-se todos disponíveis no Canal Jornal Folha Sertaneja do YouTube.
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