Para investigar a proliferação de macrófitas aquáticas, também conhecidas como baronesas, a FPI- BA criou uma equipe específica que está atuando na Região de Paulo Afonso. Nos primeiros dias de atividade, a equipe Baronesa visitou os oito pontos principais de navegação e dois pontos em terra, sendo eles: os lagos Paulo Afonso 1, 2, 3 e 4; Lago de Delmiro Gouveia; Lago Moxotó; Lago de Itaparica, bem como as regiões de Quixadá, Baixa do Volta do Moxotó, cidade de Glória e cidade de Paulo Afonso.
Na Região de Moxotó, foi identificada uma movimentação que pode comprometer a geração de energia elétrica, também a piscicultura - que é muito forte na região e o abastecimento e qualidade da água, podendo ocasionar bactérias que colocam em risco a saúde da população. Para minimizar o problema, a equipe realizou coleta da água para análise e posterior medidas necessárias.
De acordo com o Coordenador de Baronesas e engenheiro sanitarista ambiental, Gabriel Rangel, essa é uma ação continuada da etapa de fiscalização realizada na porção pernambucana do Rio São Francisco. Gabriel destaca ainda que a navegação das plantas sobre a água é um problema de proliferação que afeta a captação de água, a produção de energia das usinas hidrelétricas, e o turismo da região.
Compõem a FPI Bahia
Integram a FPI diversas equipes formadas por profissionais de instituições públicas e da sociedade civil. A coordenação geral é da promotora de Justiça Luciana Khoury; de Maciel Oliveira, presidente do CBHSF e do representante do Crea/BA, José Augusto Queiroz.
Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB); Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB); Agência Peixe Vivo; Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha); Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa); ONG Animália; CBHSF; Corpo de Bombeiros Militar (CBM/BA); Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE-PM); Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa-PM); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA/BA); Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV); Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa); Fundação Nacional de Saúde (Funasa); Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA); Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado da Bahia (CRT); Germen Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental (GERMEN); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Marinha do Brasil; MP/BA; MPF/BA; MPT 5ª Região; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Polícia Civil; Polícia Federal; Polícia Militar; Polícia Rodoviária Federal; Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri); Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz); Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi); Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab); Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre); Sindicato dos Técnicos Industrias da Bahia (SINTEC-BA); Secretaria do Patrimônio da União (SPU); Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
O Velho Chico
O Rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e
um dos maiores da América do Sul. É um manancial que passa por cinco estados e
505 municípios, tendo sua nascente geográfica localizada na cidade de Medeiros
e sua nascente histórica na serra da Canastra, em São Roque de Minas, ambas
cidades situadas no centro-oeste de Minas Gerais. Seu percurso passa pelos
estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, onde acaba por desaguar no
Oceano Atlântico.
O Velho Chico possui área de aproximadamente 641.000km², com 2.863km de extensão. Atualmente suas águas servem para abastecimento e consumo humano, turismo, pesca e navegação.
Ao longo dos anos, vítima da degradação ambiental do homem e da exploração das usinas hidrelétricas, o Rio São Francisco precisa de atenção permanente.
O desmatamento dá lugar às monoculturas e carvoarias que comprometem o próprio São Francisco e seus afluentes, provoca o fenômeno do assoreamento, poluição urbana, industrial, minerária e agrícola. Irrigação e agrotóxicos são outras questões que comprometem o rio. As atividades consomem muita água, muitas vezes furtada, já que a captação geralmente é feita sem a devida outorga por parte da Agência Nacional de Águas (ANA) e órgãos dos estados.
Há ainda os casos das barragens e hidrelétricas que expulsam comunidades inteiras e que impedem os ciclos naturais do rio, provocando o aumento da pobreza. Nessas situações de abusos, quem mais acaba sofrendo é a população ribeirinha. Esses, de fato, são os principais problemas diagnosticados no Velho Chico.
Assessoria de Comunicação da FPI/BA - Aline Bittencourt - alinebittencourtjor@gmail.com