Do Editor do Site:
Abrimos a Estante do Folha Sertaneja para apresentar mais um livro de autor desta região do São Francisco.
Agora, apresentamos o livro A Grande Cheia, da professora Regina Borges que, como passou grande parte da vida lidando com crianças e adolescentes, resolver falar das coisas desses sertões, da caatinga, do rio São Francisco e do que acontece com o povo ribeirinho dessas muitas águas, para esse universo de leitores e, claro, também para os adultos.
Seus livros são ricamente ilustrados e cheios das cores do mundo à nossa volta, um atrativo a mais ou um incentivo a mais para conquistar novos leitores e questionadores sobre o que nos rodeia.
Conheça mais sobre esse novo livro de Regina Borges e sobre a própria autora no texto e nas fotos que mostram a sua caminhada por essas terras sertanejas. (Professor Antônio Galdino da Silva – Editor do site www.folhasertaneja.com.br).
A Grande Cheia, novo livro de Regina Borges, de Jatobá-PE
Regina Borges é natural de Belém do São Francisco -PE, radicada em Jatobá-PE desde 1990, quando este território ainda era apenas um distrito pertencente a Petrolândia-PE. Graduada em Letras e com especializações na área de Educação e Cultura, trabalhou na Rede de Educação de Pernambuco por 33 anos, atuando como professora da Educação Infantil, Fundamental e Médio, também Gestora da Escola de Referência em Ensino Médio de Itaparica (EREMI), antiga Escola de Itaparica, por quase 20 anos, aposentando-se em 2021.
Se de sua cidade natal carrega a paixão pela cultura, pela literatura; foi em Jatobá, cidade onde escolheu para viver, que veio o despertar do gosto pela política, suas relações sociais e históricas. Daí nasceu o Projeto Contar História, Preservar Memória, o qual tem como objetivo manter viva a memória coletiva de Jatobá, a partir de suas histórias, tradições, manifestações artísticas, lugares de memória.
O referido projeto se apresenta com uma série de atividades, como contações de histórias, visitas mediadas, realização de concursos de produção escrita, de desenhos, mas ganhou maior expressão a partir da publicação da Turma dos Contadores de Histórias, uma coleção literária que também se transforma em ferramenta de conhecimentos históricos locais e regionais.
Desse modo, em 2021, foi lançado o Volume I - “Conhecendo os Símbolos Oficiais da Cidade”, no qual os três personagens fictícios – Maya, João e Nala fazem uma viagem histórica pela cidade por meio dos seus símbolos oficiais – bandeira e hino. Em cada elemento presente são narradas informações sociais, culturais, regionais, políticas, históricas da cidade. O fato de também ser um livro ilustrado, colorido contribuiu para um maior interesse das crianças, também dos adultos.
Em 2022 foi lançado o Volume II – “Lá vem Maria Fumaça”, uma homenagem pelos 140 anos da construção da primeira ferrovia do sertão a “Estrada de Ferro Paulo Afonso”, também conhecida como o “Trem do Imperador”, que atravessou o sertão de Alagoas e de Pernambuco, dando origem a várias cidades, inclusive a Jatobá (Petrolândia, submersa em 1988 pela barragem de Itaparica). Nele está presente o início do povoamento desse território, bem como a estreita relação social e cultural com o Estado de Alagoas, o qual influenciou, inclusive, em diversas manifestações culturais da região pernambucana.
E o Volume III – “A Grande Cheia” que será lançado no próximo dia 27 de junho, na Casa Legislativa Irani Félix da Silva, às 19h30, Centro, Jatobá -PE, traz como tema principal a saída compulsória dos ribeirinhos em decorrência do enchimento do reservatório Moxotó em 1974, o primeiro do complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, o qual inundou cerca de 98 km², atingindo terras de Alagoas, Bahia e Pernambuco. Nesse episódio, a história será contada sob o olhar desses ribeirinhos, também dos seres encantados do Velho Chico – a Mãe d’Água, o Nego d’Água.
Assim, em cada um dos livros apresentados, indicados para todas as idades, mas especialmente para o público infantojuvenil, a autora busca despertar o interesse da comunidade leitora pela história local e regional, pela cultura, pelas tradições, numa compreensão de que a memória social é fator primordial para a formação da identidade de um povo e só se conhece ouvindo, lendo, compartilhando histórias.
Maiores informações:
@reginaceli_borges (instagram)
www.contadoresdehistorias.net.br
Parabéns pela iniciativa de compartilhar conhecimentos!