O que nos move à uma expedição pelo Raso da Catarina?

Marcos Vinícius

É o que tem perguntado a si mesmo e a outros próximos o Engenheiro Floresta, com mestrado em Gestão Ambiental e Qualidade de Vida, Marcos Vinícius Moreira Gomes.

E, como uma pergunta puxa outra, ele segue no seu raciocínio de análise dos tempos atuais quando tantas invenções modernas têm sido criadas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

E Marcos Vinícius segue nos seus pensamentos...

Perguntamos uns aos outros: Porquê em pleno Século XXI, não está tudo bem?

Enquanto existir famílias sem as condições básicas para viver ou em condições de vulnerabilidade social, não se pode dizer que está tudo bem.

Enquanto não atingirmos os objetivos propostos pela ONU para o desenvolvimento sustentável, não está tudo bem!

Enquanto existirem Riquezas Naturais porém com Miséria Social, não está tudo bem.

O fato é que Miséria não anda de mãos dadas com Preservação Ambiental!

A Conservação Ambiental combina com Educação, com Geração de Emprego e Renda e com Desenvolvimento Sustentável.

Estivemos imersos numa das regiões mais ricas em biodiversidade e curiosamente de mais baixo índice de desenvolvimento humano. Então não está tudo bem!

Estamos falando de numa região de alto interesse para a indústria, exatamente pela sua peculiaridade e endemismo das espécies animais e vegetais, e curiosamente a região que menos é estudada pela ciência.

Quando se tem uma das regiões de mais belos cenários naturais e riquezas culturais, que não reverte essa vocação em negócios turísticos e geração de renda para as comunidades locais, não se vai poder afirmar que está tudo bem. Não está tudo bem, não!

O que nos move? Devemos exaltar a iniciativa do Instituto VIS, e em nome do qual parabenizamos todos os parceiros que se “incomodam” e resolveram unir esforços no propósito de provocar os participantes e todos aqueles a quem a mensagem dessa expedição alcançar, no sentido da necessidade de sistematizar um projeto de desenvolvimento para essa região através do turismo sustentável, contando com o engajamento dos poderes, da iniciativa privada e também da sociedade organizada, todos unidos pelo mesmo propósito.

Então, um dia, que espero seja logo, ao registrar os frutos que as sementes agora plantadas estarão oferecendo, ao reencontrar pessoas sorrindo, felizes por esses imensos sertões, poderemos compartilhar dessa felicidade e responder ao sermos cumprimentados:

- Olá! Tá tudo bem?

- Sim, agora tá tudo bem!!!