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HISTÓRIAS & LEMBRANÇAS - Valdomiro Nascimento

O Anjo Perdido de Abaré

Publicada em 06/07/24 às 13:23h - 783 visualizações

Valdomiro Nascimento


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O Anjo Perdido de Abaré
Capela do Anjo Perdido, em foto histórica, com ex-votos levados por fiéis, colocados à sua frente.  (Foto: Divulgação Valdomiro Nascimento)

No meio da caatinga, no Município de Abaré, Região Norte da Bahia, um menino de um ano e onze meses se perdeu. Aconteceu em 1942, quando sua mãe adotiva, a parteira Zefa, da Fazenda Urtiga, foi fazer um parto e deixou Dionato com mais duas meninas. 

Elas foram pegar água no Riacho da Várzea e o menino as seguiu e não conseguiu descer a ladeira e sumiu. Fizeram várias buscam sem sucesso. Seis dias depois, Sebastião Rodrigues e seu filho Manoel viram um grande movimento de urubus e carcarás e acharam os restos da criança. Ali mesmo, cavaram uma pequena cova e enterram Dionatinho.

Por ser uma Região muito religiosa e pelo fato dele ter morrido de fome e sede, começaram a fazer promessas com o "Anjo Perdido". E muitas graças foram e são alcançadas até hoje.

Os vaqueiros o chamam de "Padrinho" e há muitos anos visitam a Capela construída no local, em grande procissão, no Sábado de Aleluia.

Os organizadores do acontecimento religioso: Marcos Roberto Tolentino Pereira, Ismael Janivaldo Gomes Correia (in memorian), Álvaro Roberto Rodrigues (filho de Antonio de Doca) e Generrito Possidônio, entre outros.

O Terço dos Homens, um Grupo da Igreja de Santo Antônio de Abaré, sempre realiza suas orações na Capela do Anjo Perdido.

A Capelinha é muito visitada por toda a Região. As Promessas são feitas por estudantes, trabalhadores e famílias que acreditam nesta história de Fé.

Uma Homenagem:

“O Anjinho Perdido”                              

Generrito Júnior 

Um dia não sei se lindo,

saiu de casa um menino,

seguindo assim seu destino.

Cortando um Sertão ardente,

sozinho e tão inocente,

seguia assim sua mente.

Com ele tanta pureza,

cercado de tanta beleza,

em meio a natureza.

Procurando um pé de gente,

mas não achou nem semente,

que lhe pudesse ajudar.

Mesmo assim não entristeceu,

em um córrego adormeceu,

partiu com o nosso Deus,

e lá no céu foi morar.

Hoje o menino é lenda,

Promessas e até Novenas,

Fiéis têm muitas centenas,

também é o conselheiro

dos nossos queridos Vaqueiros,

que a ele vivem a chamar.

De menino tão carismático,

a anjo Dionato,

que vive a nos ajudar.

Em 2003 fiz a Pesquisa da História do Anjo Perdido de Abaré, com a ajuda do Estudante Maurício da Silva dos Santos (in memorian). Foi publicada no Jornal Diário da Região, de Juazeiro, Bahia, no dia 02 de setembro de 2003. (Valdomiro Nascimento)




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15 comentários


Rosa Maia

08/07/2024 - 19:24:21

Parabéns Valdomiro por mais uma história do sertão bahiano!


ELISABETE Barbosa

07/07/2024 - 19:35:03

Documentário muito importante resgatando nossas raízes pra contar pro nossos filhos


Sonia Andrade

07/07/2024 - 12:32:24

Parabéns, Valdomiro! A matéria retrata com sensibilidade a religiosidade da comunidade de Abaré. A história de Dionato, que se perdeu na caatinga em 1942, destaca a vulnerabilidade das crianças em áreas rurais remotas e a dificuldade das buscas na época. O trágico desfecho, com a descoberta dos restos da criança por Sebastião Rodrigues e seu filho, sublinha a dura realidade das famílias no sertão. Abraços.


Oswaldo Feliciano

07/07/2024 - 07:27:53

Parabéns Valdomiro! a matéria retrata a religiosidade da comunidade de Abaré, sua terra natal. Abraços.


Diva

06/07/2024 - 20:11:28

Linda história


Magali Menezes

06/07/2024 - 19:52:31

História triste,.mas é emocionante demais vê quanta fé tem nosso povo sertanejo! E Valdomiro sempre nos presenteando com lindas histórias para enriquecer nossa cultura. Parabéns, Val! Um abraço!


Deive Freire

06/07/2024 - 19:39:42

Parabéns Valdomiro pelo seu trabalho


Janilda Maria da Silva

06/07/2024 - 18:56:28

Realmente essa fato ocorreu a msis de 08 décadas atrás, mas como não existia meios de comunicação aqui na região não foi noticiário na época. Acontece que com o passar dos anos surgui Valdomiro filho da terra, porém morava fora, mas sempre trabalhou em lugares de comunicação e cultura. Desde então essa história sempre se destaca em suas matérias. Quero ressaltar que o devoção sempre existiu.Tive a oportunidade de visitsr a capela algumas vezes, é super emocionante; um santuário no meio da caatinga. Parabéns Valdomiro!


Shila

06/07/2024 - 16:52:21

Que história bonita, de fé e de esperança! Obrigada por compartilhar ! Vc é um anjo vivo para a sua terra e para vida de muita gente!Parabéns! 👏🏼👏🏼👏🏼😘😘


JOANA ANGÉLICA S. LIMA

06/07/2024 - 16:37:41

Parabéns Valdomiro por nos presentear com belas histórias e nos colcocar a par de novos conhecimentos.


Almir Simões

06/07/2024 - 16:37:28

Parabens Valdomiro pelo seu trabalho. Deus ouve e atende os pedidos deste Anjo Perdido. Muitas bênçãos para para o povo devoto de Abaré


Terezinha Alves de Carvalho

06/07/2024 - 16:28:09

Muito bom ver essas histórias do nosso sertão.Parabéns por nos proporcionar o conhecimento dessa cultura.


Joana Darc

06/07/2024 - 15:59:41

Última vez que a visitei ainda existiam essas peças de madeiras que representava a promessa feira aí anjinho Dionato.História triste.Que a fé que ainda nutre ao nosso povo cresça cada vez mais


Juliana

06/07/2024 - 15:57:17

História emocionante parabéns pela matéria .👏👏


Antonia

06/07/2024 - 15:18:12

Linda e emocionante história


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