No meio da caatinga, no Município de Abaré, Região Norte da Bahia, um menino de um ano e onze meses se perdeu. Aconteceu em 1942, quando sua mãe adotiva, a parteira Zefa, da Fazenda Urtiga, foi fazer um parto e deixou Dionato com mais duas meninas.
Elas foram pegar água no Riacho da Várzea e o menino as seguiu e não conseguiu descer a ladeira e sumiu. Fizeram várias buscam sem sucesso. Seis dias depois, Sebastião Rodrigues e seu filho Manoel viram um grande movimento de urubus e carcarás e acharam os restos da criança. Ali mesmo, cavaram uma pequena cova e enterram Dionatinho.
Por ser uma Região muito religiosa e pelo fato dele ter morrido de fome e sede, começaram a fazer promessas com o "Anjo Perdido". E muitas graças foram e são alcançadas até hoje.
Os vaqueiros o chamam de "Padrinho" e há muitos anos visitam a Capela construída no local, em grande procissão, no Sábado de Aleluia.
Os organizadores do acontecimento religioso: Marcos Roberto Tolentino Pereira, Ismael Janivaldo Gomes Correia (in memorian), Álvaro Roberto Rodrigues (filho de Antonio de Doca) e Generrito Possidônio, entre outros.
O Terço dos Homens, um Grupo da Igreja de Santo Antônio de Abaré, sempre realiza suas orações na Capela do Anjo Perdido.
A Capelinha é muito visitada por toda a Região. As Promessas são feitas por estudantes, trabalhadores e famílias que acreditam nesta história de Fé.
Uma Homenagem:
“O Anjinho Perdido”
Generrito Júnior
Um dia não sei se lindo,
saiu de casa um menino,
seguindo assim seu destino.
Cortando um Sertão ardente,
sozinho e tão inocente,
seguia assim sua mente.
Com ele tanta pureza,
cercado de tanta beleza,
em meio a natureza.
Procurando um pé de gente,
mas não achou nem semente,
que lhe pudesse ajudar.
Mesmo assim não entristeceu,
em um córrego adormeceu,
partiu com o nosso Deus,
e lá no céu foi morar.
Hoje o menino é lenda,
Promessas e até Novenas,
Fiéis têm muitas centenas,
também é o conselheiro
dos nossos queridos Vaqueiros,
que a ele vivem a chamar.
De menino tão carismático,
a anjo Dionato,
que vive a nos ajudar.
Em 2003 fiz a Pesquisa da História do Anjo Perdido de Abaré, com a ajuda do Estudante Maurício da Silva dos Santos (in memorian). Foi publicada no Jornal Diário da Região, de Juazeiro, Bahia, no dia 02 de setembro de 2003. (Valdomiro Nascimento)
Parabéns Valdomiro por mais uma história do sertão bahiano!
Documentário muito importante resgatando nossas raízes pra contar pro nossos filhos
Parabéns, Valdomiro! A matéria retrata com sensibilidade a religiosidade da comunidade de Abaré. A história de Dionato, que se perdeu na caatinga em 1942, destaca a vulnerabilidade das crianças em áreas rurais remotas e a dificuldade das buscas na época. O trágico desfecho, com a descoberta dos restos da criança por Sebastião Rodrigues e seu filho, sublinha a dura realidade das famílias no sertão. Abraços.
Parabéns Valdomiro! a matéria retrata a religiosidade da comunidade de Abaré, sua terra natal. Abraços.
Linda história
História triste,.mas é emocionante demais vê quanta fé tem nosso povo sertanejo! E Valdomiro sempre nos presenteando com lindas histórias para enriquecer nossa cultura. Parabéns, Val! Um abraço!
Parabéns Valdomiro pelo seu trabalho
Realmente essa fato ocorreu a msis de 08 décadas atrás, mas como não existia meios de comunicação aqui na região não foi noticiário na época. Acontece que com o passar dos anos surgui Valdomiro filho da terra, porém morava fora, mas sempre trabalhou em lugares de comunicação e cultura. Desde então essa história sempre se destaca em suas matérias. Quero ressaltar que o devoção sempre existiu.Tive a oportunidade de visitsr a capela algumas vezes, é super emocionante; um santuário no meio da caatinga. Parabéns Valdomiro!
Que história bonita, de fé e de esperança! Obrigada por compartilhar ! Vc é um anjo vivo para a sua terra e para vida de muita gente!Parabéns! 👏🏼👏🏼👏🏼😘😘
Parabéns Valdomiro por nos presentear com belas histórias e nos colcocar a par de novos conhecimentos.
Parabens Valdomiro pelo seu trabalho. Deus ouve e atende os pedidos deste Anjo Perdido. Muitas bênçãos para para o povo devoto de Abaré
Muito bom ver essas histórias do nosso sertão.Parabéns por nos proporcionar o conhecimento dessa cultura.
Última vez que a visitei ainda existiam essas peças de madeiras que representava a promessa feira aí anjinho Dionato.História triste.Que a fé que ainda nutre ao nosso povo cresça cada vez mais
História emocionante parabéns pela matéria .👏👏
Linda e emocionante história