Igor Gnomo é natural de Paulo Afonso (BA), filho de Ercilia e Idelfonso (pioneiro no ramo de bicicletas na cidade), desde muito cedo despertou o interesse em descobertas sonoras quando ganhou seu primeiro instrumento musical, um cavaquinho (que logo substituiu facilmente pelo violão).
A partir daí a cada dia a busca por conhecimento musical superou diversas expectativas.
Aos treze anos de idade iniciava aulas com o professor Osvaldo Silva, figura de extrema importância na trajetória de Igor Gnomo por apresentar a música brasileira, jazz tradicional e todo amor pela guitarra elétrica e seus encantos.
As aulas se estenderam por vários anos, ao mesmo tempo que Igor já se apresentava com artistas locais em bares e festejos tradicionais da cidade natal.
No ano de 2010 migrou para a Capital Sergipana ingressando no curso de Licenciatura em música na Universidade Federal de Sergipe, onde teve acesso ao lado acadêmico e concertos voltados para o estudo mais sério da música brasileira. A partir deste momento surge o lado compositor e a missão com a música instrumental de forma independente, logo se destacando no cenário de músicos de Aracaju.
Em 2011 foi lançado o primeiro trabalho autoral intitulado “NorDestinos” com nove faixas autorais e a participação do guitarrista Luciano Magno, o trabalho chegou como uma apresentação de Igor Gnomo na cena, já demonstrando influências do baião passeando pelo jazz rock e Smooth jazz. O álbum foi destaque na mídia especializada sendo citado por diversos críticos e aparições na revista nacional Guitar Player.
No ano de 2012 Igor Gnomo fez a primeira turnê com o trabalho autoral pelo Sesc Sergipe e chegando a importantes festivais como o Mangaba instrumental (BA), Feira Noise (BA), Grito Rock (PE), Umbuzada Sonora (PE), Expomusic (SP) entre outros.
Igor Gnomo venceu por dois anos consecutivos (2013 e 2014), o prêmio Aperipê no estado de Sergipe na categoria Composição instrumental sendo destacado como o melhor intérprete instrumental.
Em 2014, veio o segundo trabalho com o título “Alquimia, trilhos, poesia”, que obteve destaque com composições que misturam nitidamente a simbiose sonora passeando pelo Ijexá, baião e samba de chula com guitarras e percussões que remetem a ligação entre o jazz brasileiro e o rock, e assim alcançando voos mais altos ao passar por diversos estados brasileiros (SP, RJ, DF, BA, SE, PE, AL, PB) e em festivais consagrados como o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), FIMUS JAZZ (PB), Gravatá Jazz Festival (PE), Prêmio Caymmi (BA), Macuca Jazz (PE).
A partir daí Igor Gnomo lançou diversos singles sendo destacado nacionalmente e representando a cidade de Paulo Afonso.
Ao lado do percussionista Gildo Madeira, o baixista André Jumper e o baterista Thiago Reuel, em 2018 foi lançado o single Afrontar, que intitula também o show marcado por uma proposta de sonoridade expressiva na música instrumental brasileira, circulando pelo Brasil em teatros, salas de concertos, festivais e feiras culturais que contemplam a música brasileira, não somente ligados a música instrumental. No mesmo ano o grupo fez a turnê pela Argentina sendo destacados como o "novo jazz brasileiro" e lançando o documentário que retrata a experiência do público argentino com os meninos de Paulo Afonso. A turnê foi encerrada na sala do coro no Teatro Castro Alves em Salvador (BA).
A partir daí Igor Gnomo se apresentou em um dos mais importantes festivais de jazz do mundo na primeira edição no Brasil, o Rio Montreux Jazz Festival, passando também pelo Shell Open Air (RJ), além de dividir o palco com convidados como Luciano Magno, Armandinho Macêdo, Gabriel Pensador, Derico, e Luiz Carlini, Coutto Orchestra e Sandy Alê.
Como empreendedor:
Em 2014 Igor Gnomo retornou para Paulo Afonso e fundou o Cemig Music (Centro de Educação Musical Igor Gnomo) com a proposta de oferecer um elevado conceito de educação musical com vivências artísticas, iniciando os trabalhos numa sala em um prédio empresarial. Logo a sala ficou pequena e o Cemig Music evoluiu para sua sede própria onde já passaram mais de 600 alunos e realizou diversos recitais, workshops com importantes nomes da música brasileira, promovendo a arte através da economia criativa na cidade.
A escola segue ativa mesmo neste momento epidêmico com aulas on-line em sua plataforma virtual ou presencial (individual).
Desde 2012 Igor Gnomo e sua inquietude empreendedora na produção cultural fez surgir eventos como o Jazz na Rua da Frente, Jam no Parque e em 2016 o primeiro festival de Jazz da região, o Bond Jazz que no ano seguinte surgiu com o apoio da Secretaria de Cultura no calendário artístico da cidade e com o nome Paulo Afonso Jazz Festival já trazendo ao palco da cidade nomes como Hamilton de Holanda, Jorge Vercilo, João Bosco, Flávio Venturini, Luciano Magno, Davi Moraes, Kajsa Beijer entre tantos outros.
Prêmios…
A jornada como compositor de Igor Gnomo tem uma experimentação em seletivas de concursos e festivais que destacam a música instrumental no Brasil.
Em 2013 e 2014 foi vencedor consecutivo na categoria intérprete instrumental do festival Aperipe (SE), e chegando ao prêmio Caymmi em Salvador.
No ano de 2019 foi indicado ao Prêmio nacional Profissionais da Música (PPM), chegando até a final e em terceiro lugar de um ranking bastante disputado ao lado de nomes como Yamandu Costa e Nelson Faria.
Neste ano de 2020, como uma boa surpresa, Igor Gnomo foi indicado novamente na categoria Intérprete instrumental do prêmio nacional o qual abre votação pra o público através do site oficial no dia 10 de novembro.
Na sexta-feira (06 de novembro), outra notícia chegava com bastante alegria que dá conta que a composição Afrontar é uma das 15 músicas instrumentais selecionadas em todo estado da Bahia para o festival Educadora FM, o maior e mais importante do estado em uma edição histórica com recorde de inscrições.
A votação já está aberta através do
link: https://www.festivaleducadora.com.br/votar/740 e pode votar quantas vezes quiser.
"Para mim é um momento bastante especial. 2020 está sendo um ano complexo, que nos desafiou a pensar música de forma diferente e com mais verdade neste atual cenário. Assim, saber que fomos indicados a dois importantes festivais, um na Bahia e outro de abrangência nacional, em todo o Brasil, passando por uma dura seleção, me faz acreditar ainda mais que no interior da Bahia também existe um conteúdo que toca o coração das pessoas em qualquer lugar do mundo. Precisamos do apoio da nossa cidade, não apenas no voto para ambos os festivais, mas de uma forma geral que abram mais os olhos para os artistas independentes que aqui habitam e vencem muitas batalhas. Não sou santo e nem faço milagres, mas só desejo que a nossa arte e esforço seja reconhecido. " afirma Igor Gnomo.