Em uma manhã qualquer, refletindo sobre os avanços tecnológicos, é difícil não se impressionar com a rapidez com que o mundo muda. As fibras ópticas conduzem informações na velocidade da luz, e constelações de satélites nos conectam a qualquer canto do planeta. A ciência, em sua dança incansável, soluciona enigmas que afligiam a humanidade há milênios e descortina novos horizontes de conhecimento.
Essas conquistas são o legado de uma geração que encontrava na leitura uma paixão indomável. Antes das telas luminosas que hoje hipnotizam, esses visionários devoravam livros de páginas amareladas, marcadas pelo tempo, mas ricas em sabedoria. Livros que, embora gastos, eram janelas para mundos novos, fontes inesgotáveis de saber.
Hoje, no entanto, olhamos para a juventude com um misto de preocupação e curiosidade. A leitura, para muitos, tornou-se uma tarefa árdua, uma escolha relegada ao último plano. Em meio a tantas distrações digitais, a interpretação de textos se tornou um desafio hercúleo. Vemos crescer um exército de analfabetos funcionais, jovens que, embora alfabetizados, têm dificuldade em compreender e interpretar o que leem.
E onde estará a causa deste problema?
Será que o problema reside na sobrecarga de estímulos proporcionados pelas tecnologias modernas? As telas piscantes e os algoritmos projetados para prender nossa atenção podem ter subtraído o tempo e o espaço que a leitura antes ocupava. Ou talvez a educação tenha falhado em adaptar-se aos novos tempos, mantendo métodos antigos em um mundo que demanda novas abordagens
Pode-se também considerar a velocidade da vida moderna, que pouco espaço deixa para a introspecção e a dedicação necessária para se mergulhar em um livro. Ou, quem sabe, a questão reside em uma combinação de todos esses fatores, formando uma teia complexa de causas e consequências.
A resposta, possivelmente, está escondida em algum lugar entre o brilho das telas e as páginas amareladas dos velhos livros, esperando para ser desvendada por aqueles que ousam questionar e buscar além do óbvio. E assim, seguimos, tentando equilibrar o passado e o futuro, na esperança de que a chama do conhecimento nunca se apague, até porque as telas luminosas com os fantásticos avanços do presente são feitos da geração que amava ler... E o que será do futuro quando eles partirem?...
Como os demais artigos postado no JORNAL FOLHA SERTANEJA, parabenizo o escritor e até creio que é uma excelente opção, editar no nosso livro.