O Pavilhão Nacional
Bons tempos no Sete e CIEPA
Luciano Júnior
Ah, a infância e seus mestres. Não, não os mestres de Jedi, mas aqueles de carne e osso, que, com giz em mãos e paciência na alma, marcaram algumas gerações. A cena é fácil de imaginar: o jovem estudante, ainda sonolento, sendo envolvido por uma preleção sobre civismo ou a complexidade da ordem dos hinos na cerimônia. Lá estavam eles, os professores Roberto Ricardo e Jocelina Campos, cada qual com sua missão quase quixotesca de formar cidadãos em meio a bandeiras e livros.
No CIEPA ou no Colégio Sete, onde estudei o colegial, sob o sol implacável ou a chuva que insistia em fazer da rotina algo desafiador, esses mestres não apenas ensinavam – formavam caráter. A Bandeira do Brasil não era só um pano bonito com estrelas. Era um lembrete silencioso de que cada cor carregava histórias de batalhas, de conquistas e, talvez, até de erros. “A bandeira não é idolatria”, dizia Roberto Ricardo com sua voz firme, “mas é respeito pela ideia de sermos um só povo.” Jocelina, por sua vez, nos fazia perceber que o ato de hasteá-la era menos um ritual e mais um convite à reflexão: quem somos e o que queremos como nação?
E alguém lembrava fatos históricos nacionais e até locais, como o dia que Abel Barbosa envolto na Bandeira Nacional enfrentou a guarda da Chesf e entrou no acampamento, pois ninguém ousaria molestalo enquanto coberto com aquele manto.
Ah, e como eram bons esses tempos! Antes que o cinismo dos anos posteriores desbotasse os verdes e amarelos da vida, tudo parecia mais simples. Havia uma pureza no aprender e no ensinar que, hoje, soa quase utópica. Não é que os tempos fossem fáceis; é que havia mais espaço para acreditar.
Hoje, enquanto alguns debatem se a bandeira ainda representa todos ou se foi apropriada por certos grupos, lembro-me das palavras de Jocelina: “A bandeira é de quem a respeita, não de quem a impõe.” Uma frase que, em sua simplicidade, ecoa como um chamado para questionar, desaprender e se abrir para novas ideias. Na prática, talvez pudéssemos reaprender com o passado, dar uma segunda chance ao civismo desinteressado, ao idealismo generoso, despolitizado.
Quem sabe, numa manhã qualquer, alguém volte a hastear uma bandeira com a mesma convicção que tínhamos em tempos de infância. Não por idolatria, mas porque há algo de bonito em se lembrar que, por trás de cores e símbolos, está a história de um povo que, branco, negro, índio ou amarelo..., mesmo tropeçando, continua tentando.
(Veja VÍDEO com o Hino da Bandeira, após as fotos)
Parabenizo o meu amado e querido aluno Luciano Júnior,pela bela e reflexiva GRATIDÃO é a palavra chave de agradecimento por lembrar da nossa caminhada no CIEPA,na sala de aula,ou na Coordenação do Centro Cívico,eu coordenadora e ele aluno/presidente.Um Ser de Luz.⭐Competente e comprometido com os colegas e o colégio.Hoje nos orgulhamos por esse CIDADÃO DE BEM, CARÁTER,BOM PROFISSIONAL,HUMANO E BEM SUCEDIDO!VALEU AMIGO À CAMINHADA👏👍🤝🌻🌹💐♥