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LUCIANO JÚNIOR

O Brasil e as Buracovias de Qualidade

Publicada em 03/02/25 às 21:54h - 43 visualizações

Luciano Júnior


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O Brasil e as Buracovias de Qualidade
 (Foto: do site www.noticiasautomotivas.com.br)

O Brasil e as Buracovias de Qualidade 

Luciano Júnior

Foto: www.noticiasautomotivas.com.br

“Minha vida é andar por este país, pra ver se um dia me sinto feliz!”  (da música Vida de Viajante, de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha)

Belo refrão, sem dúvidas, mas quem anda por este país sabe que felicidade é artigo raro quando o assunto é estrada. 

Se Dom Pedro I tivesse tentado proclamar a independência percorrendo as rodovias de hoje, ainda estaríamos colônia — preso num buraco qualquer, esperando um guincho que jamais chegaria, pois as seguradoras, por sua vez, cobram os olhos da cara e levam muitas e muitas horas para socorrer, até parecendo que são governamentais.

O Brasil tem uma relação peculiar com o automóvel. Primeiro, nos fazem pagar um preço exorbitante para comprar um carro. Para quem gosta de estatísticas de arrepiar, cerca de 40% a 50% do valor do veículo são impostos! Isso mesmo: o governo te dá a chance de pagar um carro e meio para ter um só. Um luxo! Depois, vem a anuidade do IPVA, que deveria garantir vias minimamente transitáveis, mas na prática só confirma nossa vocação para colecionadores de boletos.

Aí entra o mistério: para onde vai todo esse dinheiro? Porque certamente não é para tapar os buracos das estradas.

Dirigir no Brasil é como participar de um videogame infernal, onde cada cratera no asfalto é uma fase extra do modo sobrevivência.

Quem já não viu um carro desaparecer num buraco e, meses depois, ser encontrado no noticiário policial como sítio arqueológico?

Mas se os buracos não bastassem, vem o inimigo silencioso: a indústria da multa. Sim, porque os radares brotam mais rápido que mato depois da chuva. A tecnologia empregada para punir o motorista é de ponta — reconhece placa, calcula velocidade média, talvez até leia seus pensamentos. Já a usada para consertar a estrada... bem, essa parece datar da Idade do Bronze.

E quando, por milagre, o asfalto até que está aceitável, o brasileiro dá seu jeito de piorar. Porque o brasileiro ama um quebra-molas. Ninguém sabe exatamente quando começou essa obsessão nacional, mas é um fato incontestável. Não importa se a rua tem tráfego de pedestres ou se ali só passam cabras e bicicletas, sempre haverá alguém reivindicando um quebra-molas. É como se o morador sentisse um vazio existencial em frente à sua casa e, em vez de plantar uma árvore, decidisse plantar um obstáculo.

O mais curioso é que o quebra-molas nunca vem sozinho. Ele vem mal sinalizado, invisível à noite e num ângulo capaz de arrancar o cárter do carro mais alto. Mas por algum motivo, as prefeituras investem mais neles do que na própria pavimentação. Resultado: buracos e quebra-molas coexistem em harmonia, criando uma experiência de rally até na avenida principal da cidade.

No fim, seguimos cantando a música, mas com um pequeno ajuste na letra:

“Minha vida é desviar por este país, pra ver se um dia me sinto feliz...”

E vamos torcendo para que felicidade não dependa de uma suspensão nova.




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1 comentário


Professor Galdino

03/02/2025 - 22:03:08

Caro Luciano. Coincidentemente, estava pesquisando sobre esse assunto e encontrei uma publicação www.noticiasautomotivas.com.br com uma reportagem que mostra que essas péssimas condições das estradas brasileiras "aumentam os custos do transporte no Brasil em quase R$ 7 bilhões". O pior são as muitas perdas de vidas por esse motivo, como temos visto a todo instante nos noticiários da TV e nas redes sociais.


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