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LUCIANO JÚNIOR

Confissões de um Não-Jornalista no Dia do Jornalista

Publicada em 07/04/25 às 15:44h - 88 visualizações

Luciano Júnior


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Confissões de um Não-Jornalista no Dia do Jornalista
 (Foto: imagem ilustrativa)

NOTA do Editor 

O Dia do Jornalista é uma data comemorativa brasileira celebrada no dia 7 de abril. Foi instituída pela Associação Brasileira de Imprensa em 1931, em homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.

Libero Badaró era um famoso oposicionista de Dom Pedro I, que criou o Observatório Constitucional, jornal que era constantemente censurado pelo monarca. A morte do jornalista alimentou ainda mais a crise institucional contra Dom Pedro, que levou a sua renúncia no dia 7 de abril de 1831, data escolhida pela ABI para a celebração. A data também faz referência a própria fundação da ABI, criada em 7 de abril de 1908.

Em outros países, o DIA DO JORNALISTA é comemorado em outras datas.

Nos Estados Unidos, é celebrado no dia 8 de agosto, na China, no dia 8 de novembro, na Colômbia, no dia 9 de fevereiro, na Argentina, no dia 7 de junho, e no Uruguai, no dia 23 de outubro. A data difere-se do Dia Internacional da Solidariedade ao Jornalista, que é comemorado no dia 8 de setembro.

A data foi criada como uma forma de legitimar a atuação e assegurar os direitos dos jornalistas. Porém, mais recentemente, virou uma forma de fazer denúncias contra as ataques e agressões aos profissionais.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Jornalista

A seguir, texto do colunista deste site, Luciano Júnior, sobre essa data. (Antônio Galdino, editor do site). 

Confissões de um Não-Jornalista no Dia do Jornalista

Luciano Júnior 

Se há uma coisa que sempre me fascinou na vida, é a ironia que nos visita sem ser convidada, senta-se à mesa e ainda pede um café forte. Veja você: já faz algum tempo que venho rascunhando algumas linhas, alimentando uma espécie de obsessão saudável por dar voz aos tempos atuais e, não raro, dando também um gole no saudosismo — esse tempero essencial para valorizar a história e os que nos antecederam.

Pois bem. Eis que hoje, um colega — diga-se de passagem, dos mais atentos e irônicos — me cutucou para lembrar que 7 de abril é o Dia do Jornalista. E não parou por aí: com um sorriso de canto de boca, fez questão de lembrar que, bom, eu não sou jornalista.

Soltei uma boa risada. E que alívio foi rir de mim mesmo!

É verdade, confesso. Jamais cursei as cadeiras da faculdade de jornalismo, tampouco pendurei o título na parede da sala. Aliás, desde que o Supremo Tribunal Federal, erroneamente, abriu as portas do ofício para todos que amam as palavras, o diploma virou um belo adereço de estima, mas não mais um requisito obrigatório.

No fundo, nunca me fiz de jornalista. Prefiro me assumir como o que de fato sou: um curioso inveterado, desses que vê nas palavras um playground, e nas ideias um campo aberto para lavrar pensamentos. Um rascunhador, ruim no ofício, de causas e crônicas.

Contudo, aproveitando a efeméride — e talvez para não perder o gancho — preciso prestar minha homenagem àqueles que, com ou sem diploma, enfrentam diariamente as trincheiras da informação.

Sei bem das dores e delícias desse caminho, pois já fui sócio de jornal e revista. Vivi por dentro o turbilhão da imprensa: o fechamento na madrugada, o telefonema em cima da hora, o anúncio que não fechou e a eterna busca por recursos que mantenham as engrenagens funcionando de modo lícito e digno.

Jornalismo é uma paixão que nunca coube apenas nas redações. É, antes de tudo, um compromisso com a curiosidade honesta, com o apuro dos fatos, com a história que precisa ser contada. Por isso, mesmo sem o carimbo formal, compartilho deste espírito — como quem, de fora da cerca, aplaude a lavoura do vizinho que insiste em plantar verdades num solo tão pedregoso.

E sigo assim: com a leveza de quem escreve por gosto, sem a gravidade de quem se atribui títulos que não lhe cabem. Um rascunhador assumido, celebrando os que transformam linhas soltas em narrativas que movem o mundo.

Feliz Dia do Jornalista aos de fato e de direito. E, para nós, os rascunhadores de plantão: sigamos com as tintas sempre frescas e a coragem de escrever, mesmo que só para arrancar um sorriso do leitor ou provocar aquele instante raro de reflexão.




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