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LUCIANO JÚNIOR

MEMÓRIA VIVA - 13/04/2025 -100 Anos de Diogo Andrade Brito: O Historiador que Ajudou a Escrever a História de Paulo Afonso

Publicada em 13/04/25 às 22:58h - 274 visualizações

Luciano Júnior


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 (Foto: FOTOS: Álbum da família - Divulgação Luciano Jr. e Arq. Jornal Folha Sertaneja)

13/04/2025 - 100 Anos de Diogo Andrade Brito: O Historiador que Ajudou a Escrever a História de Paulo Afonso

Luciano Júnior

Se há homens que vivem para contar histórias, há aqueles que fazem da própria vida uma narrativa épica.

Diogo Andrade Brito, foi os dois. Nascido em 13 de abril de 1925, em Paripiranga, Bahia, e falecido em 29 de janeiro de 2012 em Salvador. Casado com Dona Lindaura, outra pioneira da cidade e pai de 10 filhos.

Em Paulo Afonso, ele não foi apenas um observador do tempo, mas um arquiteto da memória de sua cidade, presente e protagonizando vários momentos históricos.

O Guardião da História

Com uma memória prodigiosa, Diogo Andrade era uma enciclopédia viva dos primeiros tempos de Paulo Afonso. Quem se sentava ao seu lado para uma conversa não ouvia apenas relatos: recebia verdadeiras aulas sobre os acontecimentos que moldaram a cidade. De sapateiro na infância na cidade de Paripiranga/BA, há funcionário longevo com 34 anos de serviços à CHESF.

Seu compromisso com a preservação da história ia além da oralidade – ele fundou, em 1961, o Jornal de Paulo Afonso (antigo JOPA), veículo que se tornou referência na documentação das transformações locais.

Eram muitos os que buscavam sua companhia, um conselheiro sábio, daqueles que moldam caráter sem precisar levantar a voz.

Diogo e outros vereadores sendo diplomados

Diogo e os demais vereadores da 1ª Legislatura da Câmara Municipal de Paulo Afonso

O Legislador Visionário

Diogo registrava a história, também ajudava a escrevê-la. Foi vereador na primeira legislatura da Câmara Municipal de Paulo Afonso e seu primeiro secretário (no tempo que vereador nem salário recebia), empossado em 7 de abril de 1959, junto com o primeiro prefeito da cidade, Otaviano Leandro de Morais. Como legislador, deixou sua marca em leis que permanecem vivas até hoje.

Foi dele a iniciativa de renomear algumas das principais ruas da cidade:

Rua Rui Barbosa → Rua São Francisco

Rua Marechal Deodoro → Monsenhor Magalhães

Rua Poty → Otaviano Leandro de Morais

Rua do Riacho → Manoel Novais

Mas suas contribuições não pararam por aí. Em 1960, propôs que a feira livre da cidade funcionasse às sextas e sábados – um costume que ainda perdura. No ano seguinte, garantiu um benefício de grande impacto social: a isenção de IPTU para viúvas que possuíssem apenas um imóvel e nele residissem.

Seu senso de respeito à memória histórica também se revelou em um gesto simbólico: foi ele quem solicitou à família do Dr. Souza, primeiro presidente da Chesf, que seu corpo fosse sepultado em Paulo Afonso. A família optou por enterrá-lo no Rio de Janeiro, mas atendeu a um pedido especial: o coração de Dr. Souza repousa em Paulo Afonso, junto ao busto no Parque Belvedere.

O Artista da Cidade

Diogo Andrade Brito não era apenas político e historiador; era também músico e compositor. Tocava trombone e também trompete e bombardino nas bandas e nos bailes da cidade. Seu talento musical encontrou expressão em várias canções, entre elas a célebre “As Águas da Cachoeira”, uma ode à força e beleza do cenário que define a identidade de Paulo Afonso.

Grande Benemérito da Cidade

Contribuiu com sua disposição e inteligência em inúmeras causas de interesse da sociedade: Juiz de Paz, Defensor Dativo (ocasião em que recebeu o apelido de defensor dos pobres), presidiu o Serviço de Assistência ao Menor de Paulo Afonso (SAMPA), Secretário-Executivo do MOBRAL, presidiu a Liga Desportiva de Paulo Afonso (LDPA), presidiu o Conselho Penal da LDPA, fundador da Cooperativa da CHESF (COOCHESF), foi 1º Presidente da Associação do Grupo de Idosos da Terceira Idade da FASETE e Vice-presidente do Conselho Municipal do Idoso.

O Homem e a Lenda

Poucos homens têm o privilégio de se tornar referência em tantas áreas. Historiador, jornalista, legislador, músico – Diogo Andrade Brito foi tudo isso e mais um pouco. Seu nome está nas páginas da história de Paulo Afonso, não apenas como um relator dos fatos, mas como um de seus protagonistas.

Ele não apenas narrou a história: ajudou a construí-la.

Diogo Andrade e Manoel Pereira Neto no lançamento do primeiro livro de Antônio Galdino - Paulo Afonso - De Pouso de Boiadas a Redenção do Nordeste - Hotel Belvedere 1995

Diogo Andrade e o Olímpico Esporte Clube

Diogo Andrade na Loja Maçônica União do São Francisco, em Paulo Afonso-BA




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2 comentários


Cláudia Galindo

14/04/2025 - 04:34:56

Eu, ainda jovem, adorava quando passava na rua do contorno, hoje José de Hemetério e ele estava sentado na calçada em frente a sua casa, parava minha moto em cima da calçada e ia bater um longo papo com Seu Diogo. Se lhe perguntasse quem jogou na seleção brasileira de 1960 ele dizia até o nome dos reservas, quem fez gol, com quantos minutos tal jogador fez o gol, quem foi substituído, nome do juiz, dos bandeirinhas, do locutor que narrava o jogo, em fim, ele sabia e entendia de tudo.Era Gigante!


Professor Galdino

14/04/2025 - 00:24:07

Grande Diogo Andrade Brito. Na construção do meu primeiro livro, com Sávio Mascarenhas - Paulo Afonso - De Pouso de Boiadas a Redenção do Nordeste - ele e outros colegas da primeira legislatura da Câmara de Paulo Afonso como Manoel Pereira, José Rudival, Lizete Alves trouxeram muitas memórias dos primeiros tempos de Paulo Afonso. Estou preparando um livro PAULO AFONSO - Personagens da nossa história e ele estará ali, digno que é de todas as homenagens. Parabéns Luciano Jr. pela Memória Viva!


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