O sonho de fazer um jornal em Paulo Afonso é bem antigo e já teve outras tentativas nesta cidade de Paulo Afonso/BA. Desde o JOPA e o ECO, dos tempos de Abel Barbosa, o Jornal do Poste, o jornal de Paulinho Residual, o Forquilha, Jornal Paulo Afonso, a Gazeta de Paulo Afonso (depois, Gazeta da Bahia), Fronteiras, Paulo Afonso Magazine, Destaques do Sertão e outras publicações, várias foram as tentativas de se criar e manter, regularmente, uma publicação impressa em Paulo Afonso.
O jornal Folha Sertaneja foi essa última iniciativa que nasceu em 18 de Fevereiro de 2004, vive sobrevivendo até agora e chega aos 17 anos de caminhada, exaurido, sem forças, sem apoios, exigindo um esforço hercúleo que lhe permita continuar informando com a ética, a seriedade e a preocupação com a qualidade editorial.
Esta é a edição Nº 200, com mais de 60% de seu custo pago pelo seu editor, talvez para registrar uma despedida.
Como disse no Editorial desta edição, o jornal Folha Sertaneja tem registrado a história recente do município de Paulo Afonso nos últimos 17 anos. Mas isso parece não interessar para muita gente.
Também digo no Editorial que embora Harold Robbins tenha escrito que “Os Sonhos morrem primeiro”, há quem assegure que “os sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.”
Quem sabe, amanhã, talvez...
Assim, nesta edição que marca os 17 anos de vida do jornal Folha Sertaneja queremos deixar um abraço fraterno de muita gratidão àquelas pessoas que sonharam junto comigo, e se doaram também, ao longo dessas quase duas décadas para que todos os meses este jornal chegasse a leitores de Paulo Afonso e de cidades vizinhas e voasse mais alto, pelas ondas da internet, pelos e-mails, pelos grupos de Whatsapp, pelo mundo a fora.
Aos jornalistas Clementino Heitor de Carvalho, Ednaldo Júnior e Lúcia Reinaldo e ao apoio da jornalista Veruska Alcântara em edições especiais. A Nilson Brandão que cuidou tão carinhosamente das notícias do Esporte e a Nadja Maria que cuidava da Página Social.
Aos repórteres Giuliano Ribeiro e Antônio Carlos Zuca. Aos cronistas Ivus Leal, Francisco Nery e outros colaboradores. À Secretária Zenaide Novaes e ao atual Secretário Ricardo Costa. Aos WebDesigns, diagramadores, Handerson Carlos (que também foi chargista), Tony Júnior e ao atual Admilson Gomes.
Estas fotos acima registram o lançamento da edição Nº1 deste jornal Folha Sertaneja em evento realizado no CPAZINHO e que contou com a presença dos prefeitos de Jatobá e de Delmiro Gouveia (o prefeito de Paulo Afonso não compareceu), do presidente da Câmara Municipal de Paulo Afonso, vereador João Lima de Souza, do presidente da CDL, Francisco Rodrigues, do diretor da RD Rações/Supermercados SUPRAVE, Sebastião Leandro de Morais, do presidente da ASCOPA, Erivaldo Nascimento, do Venerável da Loja Maçônica União do São Francisco, Josimar Luis de Souza, do presidente da OAB, Adv. José Fernandes Neto, do Comandante do 20º BPM, Tenente Coronel José Nilton, e ainda do vereador Regivaldo Coriolano e grande número de empresários e amigos de Paulo Afonso.
Na noite do lançamento do jornal Folha Sertaneja o evento foi animado pelo músico Hamilton.
Durante muitos anos o jornal Folha Sertaneja foi impresso na Editora Gráfica Fonte Viva. Há um tempo vem sendo impresso na GrafMarques, em Maceió.
Jornal Folha Sertaneja – 17 anos da história recente de Paulo Afonso - Bahia
Com a marca desta edição Nº 200, chegamos a exatos 17 anos de caminhada do jornal Folha Sertaneja.
Ao longo desse tempo fomos o registro da história recente de Paulo Afonso. E há muita história nas páginas do jornal Folha Sertaneja nesses 17 anos... Estamos até pensando em reuni-las, em livros, por tema: política, turismo, cultura, entretenimento e lazer, promessas... 17 anos de registro, são muitas histórias, das quais apresentamos a seguir apenas algumas poucas...
O Folha Sertaneja nasceu no dia 18 de fevereiro de 2004. Logo ao chegar, no final de março, acompanhou a renúncia do Prefeito Paulo de Deus que desejava, como o fez, candidatar-se a prefeito de Canindé do São Francisco, em Sergipe. Não teve sucesso.
No restante do ano de 2004 o município de Paulo Afonso foi gerido pelo vice-prefeito Wilson Pereira que, também tentou a reeleição em outubro daquele ano, mas perdeu para o grupo de oposição encabeçado pelo bioquímico aposentado da Chesf Raimundo Caires Rocha, que foi o gestor do município de 2005 a 2008.
Caires tentou se reeleger, mas perdeu a eleição para Anilton Bastos Pereira, apoiado pelo grupo político sob a liderança de Luiz de Deus. Teve como vice-prefeito o Sr. Jugurta Nepomuceno Agra, empresário da Casa O Ferrageiro. Governou de 2009 a 2012 e se reelegeu para novo mandato, de 2013 a 2016, mantendo o mesmo vice-prefeito, Sr. Jugurta.
Em 2016, exatamente o inverso do que aconteceu em 1992, quando Luiz de Deus encerrou o seu primeiro mandato e o seu grupo político trabalhou para a eleição de Anilton Bastos que teve o seu primeiro mandato entre 1993/1996, vinte e quatro anos depois, Anilton Bastos passava o mandato de prefeito para Luiz de Deus.
E o jornal mostrou a campanha política do ano de 2020 quando Anilton Bastos que exerceu o primeiro mandato e depois outros dois dentro do grupo político liderado por Luiz de Deus agora fazia oposição forte ao ex-líder e pretendia voltar à prefeitura para um quarto mandato. O crescimento do candidato Mário Galinho derrotou Anilton e quase derrota Luiz de Deus que ganhou com a diferença de apenas 805 votos e faz o seu terceiro mandato de prefeito de Paulo Afonso.
O jornal Folha Sertaneja também registrou a saída do vereador Val Oliveira do grupo de Luiz de Deus para o grupo de Mário Negromonte, na época adversários políticos e depois, a sua volta ao grupo de Luiz de Deus e a união de Mário Júnior e Luiz de Deus, assim como registrou a mudança do prefeito Anilton Bastos do DEM para o PDT. Também acompanhou as últimas gestões de Luiz de Deus como Deputado Estadual, na ALBA, onde esteve por quatro mandatos seguidos e sua chegada para meio mandato na Câmara Federal, suplente que era de ACM Neto que deixou a Câmara Federal para ser prefeito de Salvador.
E viu Mario Negromonte ser eleito Deputado Federal e nomeado Ministro das Cidades. E seu filho, Mário Negromonte Jr. seguir seus passos e hoje, como Deputado Federal, fazer as pazes com o prefeito Luiz de Deus e apoiar a sua reeleição em 2020, depois de 35 anos de rusgas das famílias... Coisas que nem Freud explica, só a política explica
Aleluia, Paulo Rangel e outros também tiveram passagem pelo jornal, vez por outra...
Este jornal ainda não havia nascido quando Paulo Afonso ganhou a Faculdade Sete de Setembro, em 1º de abril de 2002, mas registrou em um Caderno Especial, com emoção e grande alegria, o primeiro decênio da FASETE, em 2012, hoje Centro Universitário UNIRIOS, grupo de ensino que tem suas origens na determinação do Professor Gilberto Oliveira desde os idos de 1955 quando criou a Escola Evangélica Antônio Balbino.
E muitos foram os cadernos especiais em grandes eventos e sempre nos aniversários de emancipação política de Paulo Afonso, em julho de cada ano.
Ah, e a "novela mexicana", como disse o Governador Rui Costa sobre a transferência do Hospital Nair Alves de Souza, da Chesf para a Univasf, até cair no colo da Prefeitura de Paulo Afonso, mereceu longos espaços do jornal Folha Sertaneja desde o ano de 2010. Até bem antes...
E o jornal também registrou quando em 14 de março de 2013, há 8 anos, a Chesf transferiu para a Univasf, na presença de prefeitos da região, de representantes do governador da Bahia, do Deputado Mário Jr e outros um terreno de 100 hectares no loteamento Sal Torrado para a construção de vários prédios para a abrigar o Curso de Medicina da Univasf em Paulo Afonso. Um dos prédios foi começado mas os alunos ainda estudam em pavilhões adaptados pela Chesf, no antigo Centro de Treinamento da hidrelétrica em Paulo Afonso e os primeiros formandos, apesar do alto nível de rendimento, foram concluir seu curso em Juazeiro...
A jornal acompanhou também as mudanças do Poder Legislativo, a morte de Juvenal Teixeira, Antônio Alexandre, as mudanças das quantidades de vereadores nas várias legislaturas, as gestões dos presidentes Antônio Alexandre (duas vezes), João Lima Souza, Ângelo Carvalho, Regivaldo Coriolano, Marcondes Francisco, Petrônio Nogueira, Pedro Macário Neto (duas vezes) e a lutas das poucas mulheres vereadoras Dra. Francisca Barros, Ivanete Avelino, Risalva Toledo, Vanessa Barbosa de Deus, Leda Chaves e Evinha Oliveira, seis das dez mulheres eleitas vereadoras em Paulo Afonso.
O jornal também acompanhou o crescimento do comércio, com a chegada de grandes lojas do país e viu crescerem as universidades e até a chegada de um Centro Universitário.
O jornal viu o crescimento e a decadência do Turismo em Paulo Afonso, enquanto cresce em outros municípios da Região dos Lagos do São Francisco.
Nunca os valores culturais, especialmente os que se referem à Cultura Literária tiveram tanto espaço numa publicação impressa como no jornal Folha Sertaneja que também destacou a importância das mulheres em muitas de suas edições assim como destacou a vida social e o esporte desde a sua primeira edição, quando Nadja Maria tinha uma página Social e Nilson Brandão exaltava o esporte que, nestes anos passados viveu momentos de glória.
Também registrou a grandeza e o esvaziamento da Chesf, as muitas e poucas águas da Cachoeira de Paulo Afonso, a novela mexicana das idas e vindas da passagem do Hospital da Chesf, o HNAS, que acabou caindo no colo da Prefeitura de Paulo Afonso.
Também estão registradas no jornal Folha Sertaneja as promessas da UTI e da construção de uma segunda ponte que liga a Ilha de Paulo Afonso ao continente...
O jornal documentou várias vezes os desencontros de políticos que andaram trocando de partidos com se trocassem de camisas e depois dos desencontros se tornaram amigos de fé, irmãos, camaradas.
O jornal Folha Sertaneja, sobreviveu estes 17 anos, com muita luta, como um sonho que não podia morrer, embora, a cada ano, fossem rareando os apoios do comércio, da Chesf, da Câmara e da Prefeitura, esses três últimos citados porque possuem em seus orçamentos verba para publicidade.
Infelizmente, depois destes 17 anos e do grandioso arquivo desses registros todos em suas 200 edições, o jornal Folha Sertaneja está morrendo... Nadou tanto e está morrendo na praia...
Os únicos apoios financeiros permanentes, certos, todos os meses, são os recebidos da SUPRAVE e da CASA O FERRAGEIRO, valores pequenos que, quando somados a outros eram suficientes. Mas, não há mais outros, todos os meses...
A Galcom Comunicações é uma micro empresa e, portanto, tem funcionários, encargos sociais, impostos municipais e, a sua existência sempre foi uma parceria entre estas instituições, o comércio, empresários...
Como está, o jornal Folha Sertaneja, depois de 17 anos de caminhada, 200 edições que somam milhares de páginas, todo um cuidado gráfico e editorial, respeito e ética, nas atuais condições, passará, infelizmente, a ser também parte da história de Paulo Afonso.
E eu, ao criar esse informativo mensal, mesmo tendo decepções no dia do seu lançamento pela atitude de um político local, sempre pensei que um município como Paulo Afonso merecia ter um bom jornal, equilibrado, sério, pelo menos uma vez por vez.
Harold Robbins escreveu “Os Sonhos morrem primeiro”. Mas há quem assegure que “os sonhos não morrem. Apenas adormecem na alma da gente.”
Quem sabe, amanhã, talvez...
Antônio Galdino da Silva
Diretor da Galcom Comunicações
(jornal Folha Sertaneja e site www.folhasertaneja.com.br)
A Suprave sente-se orgulhosa e honrada pelo destaque na edição especial em comemoração aos17 anos da Folha Sertaneja.Nos alegramos nessa comemoração memorável, e somos gratos por fazer parte dessa história.Sempre destacando um reconhecimento primordial ao condutor e idealizador desse meio de comunicação, o mestre Galdino, a quem temos grande estima.
Obrigado a cada um de vocês que falou da importância do nosso modesto mensário Jornal Folha Sertaneja. A Valdomiro, de Rodelas, que tem sempre nos apoiado. A Antônio Cosme, aposentado chesfiano das telecomunicações que, do Recife, nos acompanha regularmente para matar a saudade da terrinha pauloafonsina. Obrigado a Moacir, pelos desejos de que a Folha continue. Vai continuar, meu amigo, pela FÉ em Deus. E obrigado a Antão Siqueira que, de fato, foi grande colaborador com muitos artigos importantes sobre Meio Ambiente nas páginas do nosso jornal. Que todos continuem com saúde e paz. Abraço fraternos e a gratidão desse editor da Folha Sertaneja, edição mensal impressa e do site www.folhasertaneja.com.br que, graças a Deus, continua com uma média de 4000 acessos todo dia. E vamos tocar a caminhada, porque "até aqui nos ajudou o Senhor" (I Sm. 7:12)
Parabéns Galdino, baluarte do jornalismo pauloafonsino, pela dedicação e perseverança em momentos tão difíceis, manter um jornal ativo durante tanto tempo, sempre buscando os fatos e divulgando a verdade, características de um cristão comprometido, que ama o que faz. Em todas as áreas, sócio, política, culturais, ambientais... o jornal Folha Sertaneja esteve presente, e tenho o prazer de ter colaborado por um período nesta última, publicando artigos sobre questões ambientais de nossa cidade, que foram bastante importantes quando da minha passagem pelo IBAMA e SEMA na região e foram úteis quando fiz o Mestrado em Ecologia Humana. Parabéns mais uma vez e desejo Sucesso em dobro.
A Prefeitura de Paulo Afonso, tem que ser acionada e injetar recursos, a fim de dar vida nova a tão grandioso projeto cultural, além de outros empresários. Tenho certeza amigo Galdino que a Folha Sertaneja será regada e revigorada.
Espero que a Folha Sertaneja continue sua trajetória vitoriosa. Será uma pena se vier a ser interrompida essa saga capitaneada pelo idealista Antonio Galdino.
Um registro da história neste importante veículo de comunicação. Meus parabéns! T