Do Editor

Há situações, momentos que acontecem na nossa vida diária, que não temos como explicar. Hoje estive revendo páginas do livro que Nilson Brandão escreveu chamado Ecos do Futebol de Paulo Afonso (que estamos aguardando ainda o apoio para publicação), justamente o capítulo Perdas, saudades e lacunas do Desporto em Paulo Afonso, onde Nilson homenageia radialistas que, ao seu lado, fizeram programas de esportes e transmissão de jogos, como J. Bezerra e Rosalvo Soares, seus colegas na Rádio Cultura de Paulo Afonso, do saudoso Antônio José Diniz, Rádio Bahia Nordeste, dirigida por J. Matos, depois de passarem pela pioneira Rádio Poty, de Roque Leonardo.

E, num desses momentos inexplicáveis, quando acabo de ler esse capítulo, recebo de Belmiro Deusdete, que também foi bancário e também radialista em Paulo Afonso, um texto lembrando que nesse dia 8 de junho, seria o aniversário de Rosalvo Soares, que tantas alegrias deu aos desportistas pauloafonsinos e que faleceu, aos 63 anos no auge do seu trabalho na Rádio FM Itabaiana, de Sergipe, que o homenageou pela brilhante passagem desse profissional do rádio por ali.

Com esse texto de Delmiro Deusdete na coluna MEMÓRIA VIVA, deixamos aqui a nossa homenagem, in memoriam, ao radialista ROSALVO SOARES, alagoano de Delmiro Gouveia, na data do seu nascimento, 8 de junho. (Antônio Galdino da Silva, Editor do site).

ROSALVO SOARES, UMA SAUDADE DO RÁDIO

Belmiro Deusdete

O dia de hoje nos remonta ao nascimento de um dos grandes profissionais do rádio nordestino: Rosalvo Soares.

Ele veio ao mundo no dia 08 de junho de 1952, em Delmiro Gouveia, nas Alagoas, filho de Maria Vieira da Silva e Luis Soares da Silva.

Eu conheci Rosalvo Soares da Silva em 1969, em Paulo Afonso-Ba. quando ele ainda alimentava o sonho de ser radialista.

Na Rádio Poty, dirigida por Roque Leonardo, ele cuidava da limpeza e se dedicava a aprender os trabalhos da sonoplastia.

Fizemos uma parceria para conduzir o programa Show da Cidade, musical com duas horas de duração, de segunda a sexta feira, eu no áudio e ele na técnica, até que passou a encarar o microfone, também no esporte e nas reportagens externas. Nossa parceria foi interrompida em 1976 quando retornei a Alagoinhas-Ba, minha terra natal.

Rosalvo Soares seguiu sua promissora carreira de comunicador, trabalhando nas rádios Cultura e Bahia Nordeste, de Paulo Afonso, e nas cidades sergipanas de Frei Paulo e Carmópolis, consagrando-se na FM Itabaiana como âncora do jornalismo.

Vinha comandando o Jornal da Manhã, da FM Itabaiana, em Sergipe, até o dia 15 de novembro de 2015, quando faleceu no Hospital de Cirurgia, em Aracaju, vencido por problemas do coração.

Partiu, aos 63 anos, deixando uma carreira vitoriosa e uma legião de admiradores, além da esposa Claudeci, dos filhos Júlio César Soares da Silva (servidor aposentado do INSS, residente em Paulo Afonso-Ba.), Higino César Soares da Silva (metalúrgico, residente em Itaquaquecetuba-Sp.) e Gileide Soares da Silva (comerciária, residente em Itabaiana-Se.) e dos netos:  Iago, Ítalo, Ygor, Juliano, Franciele, Juciara, Juliana e Jucilene

A importância do seu trabalho foi reconhecido pela Câmara Municipal de Itabaiana que lhe concedeu o título de Cidadão Itabaianense, em 1995, e pela Prefeitura Municipal de Itabaiana que emitiu nota de pesar e decretou luto oficial de três dias, com bandeira nacional hasteada a meio pau nas repartições públicas, quando da sua morte.

Em 2019 a FM Itabaiana comemorou 27 anos de funcionamento e, dentre outras homenagens deu seu nome ao estúdio de gravação.

Rosalvo Soares foi um dos pioneiros do rádio pauloafonsino e dedicou sua inteligência e sua voz ao rádio nordestino durante 46 anos.