Neste sábado, 26 de abril, 7 anos sem Abel Barbosa e a ideia da organização do Memorial Abel Barbosa
Por Antônio Galdino da Silva
Nesta data, 26 de abril de 2025, quero pedir a sua atenção para contar duas pequenas histórias: um pouco sobre a vida e atuação de Abel Barbosa em Paulo Afonso, onde viveu por mais de 68 anos e sobre a ideia de se criar o Memorial Abel Barbosa. Muito obrigado!
Em 26 de abril de 2018, Paulo Afonso perdeu um dos seus personagens mais importantes de sua história. Naquele dia, há 7 anos completados neste sábado, falecia ABEL BARBOSA com que tive a oportunidade de trabalhar e acompanhar sua história por dezenas de anos, de quem tive a felicidade de narrar muitos dos momentos de sua caminhada por estas terras sertanejas em alguns dos meus livros, dentre eles, ABEL BARBOSA, o inventor de Paulo Afonso, publicado no ano de 2019.
Pernambucano de Pesqueira, onde nasceu em 2 de junho de 1928, ABEL BARBOSA viveu a sua adolescência atuando nas campanhas políticas de grandes nomes como o senador e ministro Apolônio Sales e os ex-governadores de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho e Agamenon Magalhães, dentre outros.
Seus pais, João Barbosa e D. Quitéria Maria de Jesus vieram para Paulo Afonso logo no início das obras da construção da primeira Usina da Chesf, ainda em 1949.
Em 1950, seu pai morreu enquanto trabalhava na construção das Casas Tipo “O”, da Chesf, no final de agosto. D. Quitéria mandou um telegrama para Abel que chegou atrasado e ele veio para esta região, que ainda se chamava Forquilha, aqui chegando em 3 de setembro de 1950, para dar assistência à sua mãe. Desejava voltar logo às suas atividades em Pernambuco, mas nunca mais saiu de Paulo Afonso, onde morou por mais de 68 anos.
Ao chegar a Forquilha, fez amizades com comerciantes como Luiz Inocêncio, Antônio Neto e seus irmãos, D. Risalva Toledo e seu esposo Raimundo Toledo, Francisco Domingos (avô de Diniz, da Rádio Cultura) e outras pessoas, comunicadores como Gilberto Leal que estavam já se organizando para buscar a independência de Forquilha do município de Glória.
Com as obras da Chesf, Forquilha cresceu vertiginosamente. Logo, o inexpressivo povoado de cerca de 8 a 10 casas espalhadas no meio da Caatinga, já estava com milhares de moradores. O comércio funcionava na chamada Rua da Frente, hoje Avenida Getúlio Vargas mas todas as instalações importantes do povoado estavam dentro da área do Acampamento construído pela Chesf, como milhares de residências, área separada da agora chamada Vila Poty e depois Distrito de Paulo Afonso por uma cerca de arame farpado que foi depois substituída por um grande muro de pedras que ia da Guarita Principal da Chesf, onde hoje está a Praça das Mangueiras até o Quartel do Exército, ao lado da Igreja de N. Senhora de Fátima, hoje Catedral da Diocese de Paulo Afonso.
Dentro da área da Chesf ficaram todas as escolas, naquele tempo, o hospital, os clubes COPA e CPA, o Mercado Municipal e a Feira Livre que depois foi transformado em Escola Parque da Chesf e depois, na UNEB, a Igreja de São Francisco. Tudo era dentro da área da Chesf onde o acesso era complicado e era necessário que quem precisasse ir para um desses lugares se identificasse nas guaritas que ficavam em frente da Escola Murilo Braga (hoje Colégio Carlina), em frente à Rua D ou na Guarita Principal. Muitos se sentiam humilhados e não se aceitava isso facilmente. Daí surgiu o movimento para a emancipação política do então, agora Distrito de Paulo Afonso, a partir de 1953, por Lei Estadual).
Foi uma luta que durou 8 longos anos com muitas histórias que incluem tentativas de assassinato de Abel, proibição de sua entrada na Chesf, fugas espetaculares de Abel Barbosa que sempre esteve à frente desse movimento, onde colocou a sua experiência, suas vivências no seu trabalho das campanhas políticas que acompanhou, inclusive como locutor dos comícios, em Pernambuco, onde também era chefe dos escoteiros de várias cidades, daí ser também conhecido como Chefe Abel.
ABEL BARBOSA foi vereador pelo Distrito de Paulo Afonso, em Glória, ao lado de Otaviano Leandro de Morais, Hélio Medeiros (Hélio Garagista) e Amâncio Pereira. Eleitos em outubro de 1954, ali ficaram até 31/12/1958. Em outubro de 1958, Otaviano foi eleito prefeito de Paulo Afonso, com o apoio explícito da Chesf.
Abel Barbosa com os vereadores Manoel Barros e Zé de Euzébio e com o Prefeito Edison Teixeira
Abel Barbosa concluiu o seu mandato de vereador em Glória, perdeu a eleição para prefeito de Paulo Afonso mas continuou político atuante. Foi Vereador em Paulo Afonso por vários mandatos, presidiu a Câmara Municipal e foi prefeito de Paulo Afonso duas vezes, uma vez porque era o presidente da Câmara e, naquele tempo, quando o prefeito ficava impedido, por algum motivo, como não havia o vice-prefeito, quem substituía o prefeito era o presidente da Câmara e foi prefeito outra vez, durante o governo militar porque, pelo Ato Institucional Nº 5, de 1968, o município de Paulo Afonso, por ser sede de usinas hidrelétricas, ficou proibida de eleger o seu prefeito, que era indicado pelo governador do Estado e nomeado pelo governo militar.
Abel Barbosa foi o último prefeito desse período, ficando no cargo de 4 de agosto de 1979 a 31 de dezembro de 1985 quando passou o governo municipal, dia 1º de janeiro de 1986 ao prefeito eleito José Ivaldo de Brito Ferreira, eleito em novembro de 1985.
Abel, também foi grande apoiador da Cultura em Paulo Afonso. Fez jornais no seu tempo como O ECO e participou do JOPA (Jornal de Paulo Afonso). Era apaixonado por literatura de Cordel e, na sua última gestão apoiou a ida de uma quadrilha junina para participar de um concurso em uma TV de Salvador onde ela foi campeã. Quando adolescente vendia folhetos de cordel nas feiras livres, declamando O Pavão Misterioso. Foi membro fundador da Academia de Letras de Paulo Afonso, criada em 20 de novembro de 2005.
Ele criou em Paulo Afonso o Grupo de Escoteiros Rui Barbosa e era chamado de Chefe Abel porque desde os seus tempos do Agreste Pernambucano, Pesqueira, Canhotinho e outros municípios daquele Estado, administrou Cooperativas e foi Chefe de Escoteiros.
Em Paulo Afonso, em sua luta para a emancipação política do agora Distrito de Paulo Afonso, foi muito perseguido pela Chesf – e ele sempre corrigia, “pela Chesf, não, mas por uns gerentes daquele tempo. E a perseguição não era só a Abel, era a todos que me apoiavam”.
De fato, Gilberto Leal, Zezito do Fórum (tio de Diniz) por exemplo, foram demitidos da Chesf porque se declaravam “abelistas”. E, nas guaritas da Chesf havia uma foto grande de Abel Barbosa com a mensagem: Proibido entrar na Chesf.
Abel Barbosa sofreu tentativas de assassinato e certa vez teve que fugir escondido no meio de uma carga de couros do curtume de Antônio Neto (avô do Vereador Jean Roubert).
Passados esses primeiros anos desses fatos lamentáveis, Abel também teve seus momentos de boa convivência e respeito da Chesf.
Conta ele que uma vez estava em sua casa, na Rua das Flores, quando parou em sua porta um carrão preto da Chesf. Dele, desceu um senhor de terno procurando por ele. Era o engenheiro Múcio Lacerda, então Administrador da Chesf em Paulo Afonso. E ele explicou a Abel que ali estava em nome da diretoria da Chesf para convidá-lo para participar do palanque do desfile de 7 de setembro que sempre era realizado, nos primeiros tempos, na Rua do Gangorra, próximo ao Clube Operário de Paulo Afonso. Uma homenagem a quem estava proibido de entrar na Chesf.
Anos depois, outro Administrador da Chesf, Ricardo de Holanda Neves, me informou que mandou procurar nos arquivos da Chesf uma portaria de muitos anos antes, que proibia a entrada de Abel na Chesf e a destruiu.
E, na gestão do presidente da Chesf Rubem Vaz da Costa, nos anos de 1980, Abel era prefeito e sempre era recebido por esse presidente da Chesf de quem se tornou amigo e foi nesse tempo e nessas conversas que o muro da Chesf, a grande luta de Abel, foi “simbolicamente” destruído quando Abel criou uma rua comercial e residencial ao longo de todo o muro, onde está o Calçadão da Av. Getúlio Vargas, o San Marino Hotel, a Rádio Bahia Nordeste e grande comércio. (Desenho de Chucky)
Em 15 de setembro de 2017 Abel Barbosa esteve no plenário da Câmara Municipal de Paulo Afonso, muito aplaudido, para receber o título de Cidadão de Paulo Afonso que lhe foi outorgado por este Poder Legislativo ainda em 8 de novembro de 1984, mas só então se dispôs a receber.
Ao lado de Abel, Lizete Alves dos Santos (in memoriam), vereadora da 1ª Legislatura da Câmara Municipal de Paulo Afonso e, de amarelo, Francisco Bathomarco (Xerém), ex-vereador, filho de um dos maiores amigos de Abel, o Sr. Luiz Inocêncio Lima.
A Câmara Municipal de Paulo Afonso, moderna, instalada na Avenida Apolônio Sales, que Abel Barbosa urbanizou e reservou espaços para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, foi o último cenário que acolheu o seu corpo no seu velório, de onde saiu para o Cemitério Padre Lourenço Tori, sendo sepultado no mesmo espaço onde há anos fora sepultada sua mãe, D. Quitéria Maria de Jesus que, por iniciativa do Professor João César Lopes Mascarenhas dá nome ao grande Colégio Estadual do Bairro Tancredo Neves, que começou como Colégio Estadual do Mulungu, por ele, Abel Barbosa, pedido ao governador da Bahia e ali construído, sendo o Professor João César o seu primeiro diretor.
Abel foi prefeito de Paulo Afonso duas vezes. O primeiro mandato, de 14/051974 a 16/10/1975, porque era o presidente da Câmara e, como não havia o cargo de vice-prefeito, na ausência do prefeito o presidente da Câmara era o seu substituto imediato. O segundo mandato de Abel Barbosa foi de 04/08/1979 a 31/12/1985 apresentando pelo governador Antônio Carlos Magalhães e nomeado pelo governo militar que foi encerrado naquele ano quando houve eleição municipal em novembro de 1985, sendo eleito José Ivaldo de Brito Ferreira a quem Abel Barbosa passou o cargo de prefeito em 1º de janeiro de 1986, quando encerrou a sua caminhada política.
Posse do prefeito José Ivaldo de Brito Ferreira em 01/01/1986
Abel Barbosa sempre foi um político sem posses. Morou anos no Bairro Tancredo Neves quando ainda era Mulungu e por ele, esse populoso Bairro continuaria sendo Mulungu, a frondosa árvore da Caatinga.
Depois morou muito tempo em uma casa em frente ao campo de futebol do Bairro Jardim Aeroporto, rua que ele chamava de Rua do Campo.
Depois, quando quebrou a perna uma segunda vez e teve toda a assistência de Vavá Ferraz, ex-vereador (in memoriam), que o mandou levar para Serra Talhada para ser cuidado no Hospital dali, pelo seu filho ortopedista, foi morar com o sobrinho Adalberto e sua família.
Quando Abel voltou dessa cirurgia para Paulo Afonso, o sobrinho de Abel, Adalberto, conhecido como Peba e toda a sua família que sempre cuidaram dele com o maior cuidado e carinho desde muito antes quando ele morava na Rua do Campo porque Abel sempre quis morar só, Adalberto, que também mora no Bairro Jardim Aeroporto em casa bem maior o levou para morar com ele e sua família. E para isso, Abel foi muito bem acomodado em um quarto suíte exclusivo, anexo à casa do sobrinho Adalberto, onde morou os últimos anos de sua vida, com toda assistência desta família.
Antônio Galdino, João de Sousa Lima, Abel Barbosa e Sebastião Leandro de Morais
E ali, quantas muitas vezes ele nos recebeu, a mim. a Sebastião Leandro e João de Sousa Lima para contar as histórias de sua vida. Em uma dessas visitas, levamos grande número de membros da ALPA. Foi mesmo uma visita acadêmica, um encontro de confrades e confreiras na casa do membro fundador desta Academia, Abel Barbosa e Silva na casa do seu sobrinho Adalberto e sua família que sempre nos recebia com muita alegria.
Muitos escritores escreveram artigos em jornais e sites, poesias, cordéis, revistas e livros sobre Abel Barbosa como João de Sousa Lima, Sebastião Leandro, Socorro Mendonça, Antônio Galdino, Murilo Brito, Edson Mendes e outros.
Sobre ABEL BARBOSA, um poeta paraibano, meu conterrâneo de Zabelê, Eduardo Viana, que trabalhou muitos anos em Paulo Afonso e conviveu com Abel Barbosa, escreveu um folheto de cordel que conclui com estes versos:
O poeta assim falou:
E aqui me manifesto
Abel mora em casa simples
Reside em Bairro modesto
E um ex-prefeito pobre
É prova que foi honesto.
Uma ideia, Uma Lei. Uma esperança...
O Memorial Abel Barbosa
No dia 26 de abril de 2018, Abel Barbosa encerrou a sua missão nestas terras pauloafonsinos e nos deixou. Estava com 89 anos, quase 90 anos que completaria no dia 02 de junho.
Estávamos trabalhando na construção do livro ABEL BARBOSA, o inventor de Paulo Afonso que seria uma linda homenagem a ele, ainda em vida. Mas não deu. O livro saiu apenas no ano seguinte, 2019.
Ainda em 2018, após a sua morte, eu estava na presidência da Academia de Letras de Paulo Afonso e levei à diretoria a proposta de se criar a Biblioteca Abel Barbosa, uma vez que ele era membro fundador desta Academia de Letras. A ideia foi aprovada e consegui do sobrinho Adalberto a doação do acervo da Biblioteca pessoal de Abel Barbosa para esta Biblioteca que leva o seu nome. Não eram muitos livros e resolvemos fazer um pedido de doação aos membros da ALPA e outras pessoas de mais livros. Hoje, o acervo de 1 mil livros, está administrado pela ALPA, através de sua nova diretoria, presidida pelo Dr. Isac de Oliveira e aguardando o espaço para abri-la para a comunidade.
No ano de 2020, levei à diretoria da ALPA a ideia de se criar o Memorial Abel Barbosa, um local onde o público, alunos das muitas escolas de Paulo Afonso, moradores do município e visitantes pudessem conhecer a história deste município.
Isso seria apresentado através de painéis, totens fotográficos, numa linha de tempo desde os tempos da chegada da Chesf ao Povoado Forquilha, até os dias atuais, atualizado permanente.
O Memorial Abel Barbosa também a depender do interesse da Prefeitura e de se conseguir recursos nos órgãos de cultura do governo estadual, no governo federal, no Ministério da Cultura poderia ser apresentado com os mais modernos equipamentos de computação e comunicação, como por exemplo o Museu da Língua Portuguesa, existente em São Paulo ou outros modernos equipamentos desse tipo em outras regiões do Brasil.
O Memorial tem duas claras funções: Homenagear Abel Barbosa pelo que ele representa em relação à criação e administração do município de Paulo Afonso e ser uma excepcional espaço cultural da preservação da história e da memória deste município.
Quanto ao local onde seria instalado esse Memorial Abel Barbosa, apresentamos na nossa proposta duas opções: a primeira, mais arrojada e de maior custo, seria a construção do Memorial Abel Barbosa em área do município e dotado dos mais avançados equipamentos. E sugerimos a área nos fundos do prédio do antigo Hangar da Chesf, hoje Centro de Cultura Professora Lindinalva Cabral dos Santos e até sugerimos e, apenas sugerimos, que as instalações que viessem a ser ali construídas tivessem o mesmo formato, como se fosse uma extensão do antigo Hangar da Chesf.
A outra sugestão, de pequeno custo apenas nas pequenas adaptações e manutenção, seria o prédio conhecido como Espaço Cultural Raso da Catarina, existente na Av. Landulfo Alves, ao lado da Avenida Otaviano Leandro de Morais, o primeiro prefeito de Paulo Afonso.
A ideia de sugerir esse espaço, veio ao saber, pelo Plano Municipal de Cultura, aprovado em 2018, que aquele espaço estava ocioso e que precisava o município dar a ele uma destinação. (PMC – páginas 35 e 36).
A outra razão para sugerir esse espaço tem fundamentação histórica. Esse prédio foi construído pela Chesf, no início dos anos de 1950 para ser um espaço de apoio às mulheres carentes da chamada Vila Poty, um projeto da Sra. Marieta Ferraz, esposa do primeiro diretor técnico da Chesf, Dr. Otávio Marcondes Ferraz que já desenvolvia projeto semelhante no chamado Artesanato da Chesf no espaço onde atualmente funciona o HEMOBA, ao lado do Hospital Nair Alves de Souza.
Quando o prefeito Otaviano Leandro de Morais foi eleito, com o apoio da Chesf, a hidrelétrica cedeu esse prédio para ali funcionar a Prefeitura Municipal de Paulo Afonso, a partir de 7 de abril de 1959, quando os poderes Legislativo e Executivos foram instalados no município de Paulo Afonso, emancipado em 28 de julho de 1958.
A Prefeitura funcionou ali até o início da 2ª gestão de Abel Barbosa (1979/1985) quando o próprio Abel construiu os primeiros pavilhões da atual sede da prefeitura, na Avenida Apolônio Sales – que era a antiga pista de pouso de Paulo Afonso – urbanizada por Abel Barbosa, tão logo foi construído pela Chesf e pelo Ministério da Aeronáutica, o novo aeroporto de Paulo Afonso.
Naquele local – Espaço Raso da Catarina – na gestão do prefeito José Ivaldo, que substituiu Abel Barbosa, funcionou a Secretaria Municipal de Educação.
Em 19 de agosto de 2020, Dia do Historiador, o prefeito Luiz Barbosa de Deus recebeu em audiência em seu gabinete a diretoria e membros da Academia de Letras de Paulo Afonso. Ali estiveram Antônio Galdino da Silva (presidente da ALPA), Maria do Socorro Araújo Nascimento (secretária geral da ALPA), Maciel Teixeira Lima (tesoureiro da ALPA), e os membros da ALPA, Jean Roubert Félix Neto, que também era vereador e líder da bancada do governo Luiz de Deus na Câmara Municipal e Francisco Néry Júnior.
Apresentamos a nossa proposta, suas justificativas e o prefeito Luiz Barbosa de Deus aprovou de imediato e ele próprio encaminhou um Projeto de Lei à Câmara Municipal, ali apresentado pelo seu líder e aprovado pela unanimidade dos vereadores. Retornando à prefeitura, o Projeto aprovado pela Câmara foi sancionado pelo prefeito Luiz de Deus como Lei Municipal Nº1.455/2020 no dia 27 de outubro de 2020 e publicada no Diário Oficial do Município no dia 29 de outubro de 2020.
Vivíamos os tempos dolorosos da pandemia da Covid-19 que invadiu outros anos e muitas ações, como as reformas e manutenções sugeridas e a própria criação dos equipamentos e instalação do Memorial Abel Barbosa foram sendo adiadas. Em vista disso, a diretoria da ALPA que tratou desse assunto com a gestão municipal encerrou o seu mandato em outubro de 2021 sem receber as chaves do Espaço Cultural Raso da Catarina.
Em abril de 2022, por renúncia da presidente eleita em outubro de 2021, o Professor Antônio Galdino da Silva, que era o vice-presidente, assumiu a presidência mais uma vez e retomou o assunto do Memorial Abel Barbosa mas as ações continuavam sem nenhuma providência, ainda alegando-se o problema da pandemia.
Em outubro de 2023, encerrou-se o mandato daquela diretoria da ALPA e desde fevereiro de 2023, o prefeito Luiz de Deus havia se afastado da gestão municipal por problemas de saúde que o fez renunciar ao cargo em agosto de 2024 e nada foi feito em relação a este Memorial Abel Barbosa, criado pela Lei Municipal 1.455/2020.
Parabéns!!! Por informações tão fantásticas de nosso querido Abel Barbosa, como seria bom se tivéssemos mais homens como esse. Infelizmente se tornam esquecidos por sua trajetória ao envelhecer. Eu cada dia vejo que o Prof. Galdino continua tentando não deixar nossa BASE política de Paulo Afonso ser esquecida. Meu querido PAI Cicero da Padaria dizia o seguinte enquanto tiver alguém nessa vida que possam nos contar a história de alguém, ele não vai estar MORTO. Muito obrigada Prof. Galdino.
COMO SE DIZEM,SÃO NOS PEQUENOS FRASCOS QUE SE GUARDAM AS GRANDES ESSÊNCIAS.ABEL BARBOSA SE IMORTALIZA POR SUA DIGNIDADE SENSATEZ E HONESTIDADE. DEIXOU SAUDADES,O QUE SERIA DE PAULO AFONSO SE ELE NÃO HOUVESSE EXISTIDO ? PARABÉNS GALDINO POR ESSA NARRATIVA REALISTA