Tudo começou naquela tarde em que eu, munido de sabedoria acumulada por algumas voltas ao redor do Sol, me deparei com essa máxima impactante: "Não é por termos vivido um certo número de anos que envelhecemos. Envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal." Ah, a sabedoria dos anos, pensei eu, enquanto coçava minha barba imaginária de sábio, lendo esta ótima escrita do grande professor Bastos.

Imagine só, envelhecer por desistir dos nossos sonhos, dos nossos planos, das nossas ambições. Quer dizer, é como se a juventude estivesse atrelada a um pacote de sonhos e ideais, e o envelhecimento, bem, ele estava lá esperando no canto, pronto para nos abraçar quando decidíssemos jogar a toalha. Achei isso uma ideia genial, quase como um envelhecimento seletivo.

E devo confessar, a ideia de ter a alma enrugada por renunciar aos ideais me trouxe uma imagem mental muito peculiar. Imagine um pobre filósofo enrugado, carregando sua alma enrugada em uma mala, arrastando-a por aí enquanto murmura pensamentos profundos sobre a vida. É quase como se os anos, ao invés de causarem rugas no rosto, decidissem pular direto para o núcleo da alma e criar vincos de experiência.

Mas não, não era só isso. Havia mais: "As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos são os inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte." Uau, isso é como um manual para evitar o desgaste precoce da existência! Então, da próxima vez que eu me encontrar preocupado, vou lembrar que estou me inclinando para a terra e decidir me endireitar, como um soldado marchando para enfrentar os problemas com postura ereta.

E para coroar essa epifania toda, o autor soltou o clímax: "Seremos jovens enquanto nos deixarmos arrebatar por tudo o que é belo, bom e grande!" Jovens, mesmo? Mas isso é quase como um elixir da juventude! Tudo que tenho a fazer é me deixar arrebatar por coisas belas e grandiosas, e eu vou continuar chutando e dando socos no tempo, desafiando os anos a tentarem me alcançar.

E ali estava eu, rindo e filosofando sobre os segredos da juventude eterna, tudo graças a um punhado de palavras inspiradoras. Quem diria que uma simples reflexão sobre o envelhecimento e os ideais poderia ser tão divertida? Talvez, apenas talvez, a chave para uma vida longa e cheia de vitalidade esteja em manter nossos ideais bem guardados e nos recusar a envelhecer... pelo menos no coração e na alma, se não no rosto.