Para nós que vimos a Chesf nascer, foi um alívio acompanhar a entrevista do Ministro de Minas e Energia, almirante de esquadra Bento Albuquerque Júnior, na Globo News na última quarta-feira(10/07). Além do alívio, a constatação de alguém altamente comprometido e à altura do cargo.
Vimos a Chesf nascer. Em 1948, eu já era nascido. Em 1955, vi a energia de Paulo Afonso chegar a Salvador. Nos anos sessenta, acompanhava com avidez os documentários do doutor Amaury sobre o nosso complexo nos trailers dos cinemas de Salvador. E a partir de 1973, passei a ser parte do grande sonho de redenção do Nordeste.
Nada mais consequente, portanto, que ouvir aliviado o ministro enfatizar que a Eletrobras, holding de valor atual estimado em 50 bilhões de reais, do qual a Chesf é parte, não será privatizada no Governo Jair Bolsonaro. A ideia é torná-la uma “corporation” capitalizada onde o Estado será um sócio minoritário. ”O melhor caminho é a capitalização, e não a privatização”, afirmou categórico. O tipo de controle da holding pelo governo e o número de ações para cada investidor se encontram em estudo. A Usina de Itaipu, por ser binacional, e as usinas atômicas de Angra dos Reis, por razões de segurança nacional, continuarão estatais.
A expectativa, segundo o ministro, é que a venda de ações, para a qual não faltam interessados, arrecade 18 bilhões de reais para a União. Baseado no fato que a Eletrobras retém apenas 30% da geração e transmissão de energia no país e que a ênfase para os próximos dez anos será na produção de energia eólica, solar e energia proveniente do gás natural (energia eólica já na casa de 13% da geração nacional), o ministro afirmou “nenhum sentido em a Eletrobras ser estatal”.
Outrossim garantiu não haver risco de apagão nos próximos dez anos e anunciou a substituição, dentro de dois anos, do óleo diesel pelo gás natural – que até agora era incompreensivelmente rejeitado - em usinas geradoras com uma redução de custo da ordem de sessenta e seis por cento. O Brasil, segundo o ministro Bento Albuquerque, baseado em publicações especializadas do exterior, será o quinto maior produtor de petróleo do mundo em vinte anos.
A construção épica da Chesf, com todos os episódios de verdadeiro heroísmo da parte dos pioneiros, não autoriza ufanismo da nossa parte. Não nos agrada vê-la sair do nosso colo; descaracterizar-se e perder o nosso afago. O que desejamos é vê-la cumprir o seu papel fundamental de geradora de riqueza para o Nordeste e para o país. É a nossa contribuição para o tão almejado desenvolvimento nacional. Nada, vale ressaltar, deve nos tornar menos vigilantes na guarda da integridade de um bem de todos nós. Nada nos fará sermos levados por uma retórica puramente semântica contra os interesses nacionais.
Francisco Nery Júnior
Parabéns à Folha por ter inteligentemente provocado o debate sabendo enfrentar as porradas. O que os nossos líderes estão pensando? Se vier a crise, como compensar? Talvez a hora seja de provocar o governador, que salvo engano é comprometido com o povo da Bahia,para nos ajudar. Trazer uma atividade econômica viável para Paulo Afonso.
Claro que era melhor continuar a vantagem. Frente ao inevitável, cabe aos líderres reinventar Paulo Afonso. Somos um centro geográfico, as sedes de empresas de manutençaõ e inst. de educação já estão aqui, está chegando mais como o Policlínica, os royalties vão continuar, o ICMS da Chesf vai continuar. E temos o turismo precisando de novas ideias. Não precisamos entrar em pânico. Cuiudado com os que querem o quanto pior.
Brasil país de idiotas. Com a inevitável privatização da chesf, de que vai sobreviver uma cidade como paulo afonso, que 90% da economia gira em torno do que gera a empresa de forma direta e indireta? Prestação de todo tipo de serviço, compra de materiais, impostos e encargos pagos, salários de uma infinidade de terceirizados, estagiários, menores aprendizes e funcionários é que fazem a economia girar. Até o hospital da cidade quem sustenta é a chesf. Após a privatização fica só a operação das usinas, meia duzia de funcionários. Vai virar uma cidade fantasma.
Os grandes avanços do mundo tiveram opositores ferrenhos, grosseiros, sanguinários e cruéis. No Brasil depois da constituição de 1988, oposição ao Plano Real, ao Teto de Gastos, à limitação da dívida externa, e agora à reforma da previdência. Sem falar da oposição à própria Constituição Cidadã. Oposição a tudo que deu certo.Ideologia extremista não enche barriga. Os fariseus se opuseram do mesmo modo a Jesus Cristo. Pois foi ele que salvou os que querem ser salvos.
E haja raiva de um Brasil que começa a dar certo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A reportagem nasce de um infantil raciocinio ou má-fé. O Estado nao ter o poder de decisao e privatizar a empresa. Suas diretrizes serao ditadas pelo sr. Mercado, os interesses serao do sr. Mercado. E os interesses da regiao nordeste? Esquecam.
Só tem entendido aqui, agora a EMBRAER vitou estatal? A VALE também?? A Chesf não será estatal e será privada o resto é conversa de gente que não entende ou quer enrolar trouxa, desrespeito é mentir para população!!!!
O título da matéria não é adequado ao meu ver. A capitalização tornará a empresa privada e não mais estatal. Isso não é privatizar? Lembrem-se do caso da Embraer.
É no mínimo inocência,acreditar que capitalizar não é privatizar. O passo seguinte, seria a nova corporação cobrar pela gestão da água do são Francisco, cobrar água consumida e esgoto não tratado que é devolvido sem tratamento ao rio pelas cidades, e principalmente o uso da água para irrigação.
A ideia, Alexandre, é o Estado ser sócio majoritário no sentido que o restante das ações será pulverizado entre vários compradores.Supondo que o Estado retenha 30%, os outros 70% serão adquiridos por vários investidores.Nessa hipótese, segundo o ministro, pelo entendido, a Eletrobras não seria uma estatal, com mais de 50% das ações, e sim uma corporation capitalizada. Nenhum investidor, sozinho,terá mais ações que o governo. Está na entrevista da Globo News. Parabéns pelo seu comentário sem agressões e prova do seu interesse pelo Brasil.
Uma corporação onde o governo deixa de ser o sócio majoritário para ser minoritário ou seja, vai perder o controle acionário, isso não seria o mesmo que privatizar? Ou estão querendo nos iludir sem nenhum vexame?
Certos tipos de comentário fora do conteúdo da matéria e sem respeito à opinião dos outros só aumentam a antipatia das pessoas por uma ideologia ultrapassada e retrógrada.
Interessante que a turma que realmente ama o trabalho, a seriedade e o bem do Brasil se acovarda e não comenta. triste que esse pessoal se omite enquanto o Brasil vai afundando com os raivosos inconvenientes.
Capitalização é tirar do estado a gestão de uma empresa que só os enraivados e os que nunca trabalharam nela querem de forma inconsequente, ou seja, capitalizar é a mesma coisa de privatizar, mas pior e cruel.
Ou burros são os que quebraram o país?
Controle minoritário do estado não é mais estatal, esse Francisco Nery ou é burro ou bolsominion enrustido. O puto do bolsobosta vai entregar a eletrobras de mão beijada aos empresários safados, vai ser demissão em massa, mão de obra de baixo salário desqualificada, triste e ainda tem gente que acredita em papai noel
Só posso concordar com os colegas José Colares e Jorge Xavier devemos sim manter o controle do setor elétrico o estrategico exige. Eles só se preocupam até agora com capitalizar gerar dinheiro e entregar os setores estratégicos nas mãos do capital privado e estrangeiros.
Concordo com o José Xavier. Ou o articulsta não entendeu nada ou é falta de caráter mesmo. Vocês leitores, acreditam em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa?
É impressionante a sua capacidade de distorcer os fatos. Privatizar é tirar de seu controle e passar para privados que é o que diz a capitalização. É tirar do estado a gestão de uma empresa que só os enraivados e os que nunca trabalharam nela querem de forma inconsequente.