Nenhuma ideia de subordinação a algum país mais desenvolvido do que nós. Nenhum complexo tupiniquim. A citação da matéria exposta em editorial do jornal francês Le Monde é da mesma natureza quando citamos a China comunista que desencantou a partir das ideias despreconceituosas de Deng Hsiao Pìng. Creio que ganhamos tempo, experiência e economia de recursos ao observar experiências realizadas ou em andamento em países mais avançados.
Emmanuel Macron, o mais jovem presidente da Quinta República francesa, acossado pelos Coletes Amarelos, não diminuiu a marcha. Procurou dar a resposta [cabível] e decidiu acelerar: reforma do Seguro Desemprego, criação de um novo sistema de aposentadoria por pontos e a necessidade de alongar a duração da jornada de trabalho (que na França é menor que a do Brasil). Acrescentou ainda a reforma do Estado.
Estamos na França, berço indestrutível da liberdade, igualdade e fraternidade. A França acolhedora dos exilados da tirania mundial. Citamos as ideias de um presidente legítimo segundo os critérios democráticos. As ideias exaradas neste breve arrazoado foram expostas antes das eleições pelo candidato Macron.
Parece prudente, creio podermos admitir, não alicerçar as políticas e as aspirações de uma nação em sonhos e quimeras. Os sonhos são, sim, para serem sonhados. Mas com base na realidade e com os pés no chão. Não vemos nisto nenhum paradoxo. Há que haver prudência na elaboração de políticas de Estado e de estratégias de governo. A cura da decepção, carece assimilar, poderá ser longa e penosa.
E para encerrar um assunto à essa altura bastante dissecado para o leitor brasileiro, da lavra do jovem presidente francês segundo o Le Monde: “...garantindo que a luta contra as desigualdades passa pela escola e não pelo imposto e que a sociedade que ele defende é feita tanto de direitos mas também de deveres”.
Francisco Nery Júnior