O Brasil visto de fora – como a minha professora na França vê o Brasil.
O Professor Francisco Nery entrevista a Professora Carine de Martin
A Professora Carine de Martin é uma das melhores professoras de língua francesa que já encontrei na vida. Tenho assimilado bastante conhecimento para melhor ler, falar e traduzir francês. Para que os meus leitores possam também usufruir desta maravilhosa experiência, consegui que a professora dedicasse parte do seu tempo para a entrevista que passo a traduzir:
Nery - Bom dia, Carine. Você está feliz em falar com o povo de Paulo Afonso?
Carine – Sim, certamente muito feliz. É uma honra.
Nery - Por que você decidiu ser Professora?
Carine – Sempre desejei ensinar. É uma vocação. No início, eu me dediquei ao ensino de crianças. Depois, durante meus estudos universitários, eu descobri o ensino de francês como língua estrangeira e então disse a mim mesma que era realmente o que eu queria fazer. Neste estágio da minha vida, este trabalho me é muito gratificante. É um trabalho muito variado, a gente nunca ensina no mesmo nível, a gente encontra novos alunos a cada mês, eles despertam em nós o prazer de descobrir a sua língua, sua cultura, seu país. Na realidade, nós viajamos todos os dias!
Nery - Quando você escuta o nome Brasil, o que isso quer dizer? Que reação provoca em você?
Carine – Nunca tive a oportunidade de visitar o Brasil, de forma que a imagem que tenho é sem dúvida um clichê. O Brasil me faz pensar nas belas praias, o sol, o sorriso, pessoas calorosas, o bom humor, um povo que gosta de festa. Eu penso no carnaval e no futebol.
Nery - Poderíamos então dizer que você gosta de futebol, de carnaval e de samba?
Carine – Eu acompanhei cada copa do mundo com interesse. As que mais marcaram os franceses foram a de 2018 que nós ganhamos e, evidentemente, a de 1998 quando o Brasil e a França foram para a final. O carnaval na França não é tão grandioso como no Brasil. A folia deve ser inacreditável!
Nery - As posições políticas dos nossos países não são nem um pouco semelhantes neste momento. Nós não podemos dizer que [o presidente] Macron e Bolsonaro são amigos. Como uma boa professora, você arriscaria nos dar bons conselhos? O que você poderia nos dizer?
Carine – Eu não tenho a pretensão de dar conselho a vocês. Não sou especialista em política. Eu prefiro me abster de responder.
Nery - O que você poderia dizer ao povo de Paulo Afonso e adjacências para que eles comecem a pensar sobre uma viagem à França?
Carine – A França é um belo país, cheio de história. Nós temos um patrimônio histórico excecional; paisagens variadas, um clima agradável. Vale a pena viver aqui.
Nery - Você aceitaria um convite para visitar o Brasil?
Carine – A pergunta equivale a um convite? Claro que eu adoraria visitar o Brasil. Espero ter a oportunidade um dia.
Nery - Muito obrigado por nos ter concedido parte do seu tempo para a nossa entrevista.
(Francisco Nery Júnior, correspondente do jornal Folha Sertaneja e site www.folhasertaneja.com.br em Toulouse na França)
Nota da Redação:
Com apenas 15 dias de estudo na França, o Professor Francisco Nery Júnior recebeu a informação que a direção do ICT (Instituto Católico de Toulouse) da Universidade Católica, decidiu colocar a entrevista que ele fez com a Professora Carine (acima) no Instagram da instituição por considerar a produção importante e ORIGINAL.
Parabenizamos o Professor Francisco Nery Júnior, cidadão de Paulo Afonso e membro efetivo da Academia de Letras de Paulo Afonso – Cadeira Nº 18.
Do Professor Nery: “. Dedico esta vitória aos amigos de Paulo Afonso, depois de Deus”.
O Instagram do ICT é: ICT Institut Catholique Toulouse
Em nome da Academia de Letras de Paulo Afonso, da qual o Professor Francisco Nery Júnior, soteropolitano e também cidadão de Paulo Afonso, nos honra como um dos seus membros quero parabenizar o prezado confrade por essa nova experiência, de buscar aperfeiçoar seus conhecimentos, ele que já é Professor de Inglês e fluente em Francês e ainda "arranha" algumas coisas em outros idiomas. Sucesso, sempre, Professor Francisco Nery. Os aplausos dos que fazem a ALPA. Antônio Galdino da Silva - Presidente da Academia de Letras de Paulo Afonso - ALPA