Fiz questão de prestar meu serviço militar. Escolhi a Marinha do Brasil. Sou tecnicamente reservista da Marinha. Belo ano de escola de férias, verdadeiro spaa onde aprendi e fiz boas amizades. Como Dom Quixote via nas hospedarias dos prados da Espanha fulgurantes castelos, eu via a Base Baker, logo adiante do plano inclinado Gonçalves, em Salvador, como um verdadeiro spaa. E foi! Aprendi, na Marinha, que o barco é o capitão.
Pela primeira vez em Paulo Afonso, vemos um prefeito em campo a plantar árvores. Saiu e não se incomodou de se juntar a um bando de idealistas – na realidade realistas – que insistem em plantar árvores. Finalmente foi para a linha de frente para demonstrar que acredita que a preservação (e a recuperação) é questão de vida ou morte. Retirou, em Paulo Afonso, o plantio de árvores do patamar inferior e lhe concedeu a prioridade que salta aos olhos; a prioridade devida. Não há mais como se adiar, desprezar, e mesmo desdenhar o plantio e a conservação de árvores na nossa cidade.
Poderíamos citar muitos exemplos de recuperação e manutenção ambiental. A floresta da Tijuca no Rio de Janeiro ressurgiu de antigas e improdutivas fazendas de café. O Acampamento Chesf é o nosso pulmão verde, legado do abnegado doutor Amaury Menezes; pouco lembrado ou reconhecido. O ar puro e ameno que respiramos ilha afora é fornecido pelo acampamento. Roma preserva as suas áreas verdes e Paris aceita a colaboração dos parisienses para o plantio de árvores na cidade. Não arranca mudas nem sabota a colaboração do cidadão.
E a Secretaria de Meio Ambiente envolveu as crianças. Prega a preservação enquanto elas são puras. Deem os leitores uma olhada na foto que ilustra esta crônica, leiam a matéria anterior da Folha, e dispensem mais escrita deste, como eles, inveterado amante da Natureza.
Francisco Nery Júnior