Às vezes eu me pergunto, se não houvesse as 19 Semanas de Modernismo o que eu teria me tornado?
Sou grato a Deus por me colocar em meio de pessoas, as que inspiram outras.
Quando criança eu sonhava em ser como Galdino que fazia um jornalzinho que Gilberto da Voz do Povo anunciava na Veraneio dos Supermercados Pesqueira. Um jornal impresso, ofício duplo dobrado, quando as nossas notícias nos eram dadas pela Difusora Miramar de Luiz Gonzaga (Martinelli) que comprou do cine Rio Branco de Arcoverde PE.
Eu queria escrever como a garota que ganhou o concurso de redação da 1° Cia de Infantaria, Maria Gorette Moreira, de Triunfo PE.
Pensava em ser como Luiz José sempre ocupado com a Cultura que nem tinha tempo de ouvir as críticas, dava aulas na antiga escola do Sindicato na rua São Francisco em frente ao foto do Poeta.
Mas, Luiz José cresceu virou mestre e o Modernismo, ao contrário do que muitos afirmaram, não morreu.
A Cultura nunca morre, apenas se veste como a moda de seu tempo, se transforma em outras.
Sendo assim, mais uma vez a história se repete. O modernismo que nasceu no Colégio Sete de Setembro torna-se adulto e aos 19 anos assume sua maior idade e vai viver na Fasete. Como adulto exige ser chamado pelo seu novo nome: É Feira Literária de Paulo Afonso - FLIPA e como o Modernismo permanece como o maior evento cultural de toda região.
Como eu queria ser como a musa encantadora da História, Professora Socorro Araújo, que escreveu junto com o Professor mais novo e mais paquerado da época, Edson Barreto, a história da pessoa mais carismática do nosso povo o saudoso Pe. Lourenço Tori.
Como era linda a passeata ecológica e a alegria de Nadja do Sebrae mostrando as curvas do corpo e sua brilhante comunicação à frente, animando todos nós.
Vocês não sabem como eu sou feliz por estar em meio dos que me inspiraram em minha infância e me incentivaram a superar a árdua realidade com seus exemplos.
É muito importante para mim afirmar o amor que tenho a vocês todos e agradecer a cada um pelo que significam em minha vida.
Me recuso a fazer discursos em velórios e não faço homenagens aos mortos.
Mais um motivo de me alegrar e tornar público meus sentimentos.
Deus, em forma do menino Jesus, abençoe a todos.
Alcivandes, o seu eterno aluno rebelde.
Como é bom ler um relato desses, de gratidão, de esperança, de saudades... Que Deus abençoe grandiosamente a todos esses e tantos outros promotores da cultura!
Alcivandes, um grande imortal da ALPA, e o maior exemplo de luta, superação e esperança num amanha melhor. A sua volta a espero impera. Seu jeito manso de falar já traduz a sua intimidade com Deus. Não há palavras para traduzir o sentimento de orgulho por tê-lo como amigo e exemplo de vida!
