PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO – CAPITÃO PAZ, ENTREVISTA O ARQUITETO E URBANISTA MARCO TÚLIO NOGUEIRA
“... é mais do velho! O novo Parque Balneário Abelardo Wanderley é o que há de mais novo do velho modelo de gestão aplicado na cidade.” Pontua o Oficial do Exército, filho da terra e Pré-candidato à Prefeitura de Paulo Afonso, Capitão Laércio PAZ, após uma entrevista com o Arquiteto e Urbanista Marco Túlio Nogueira, filho do saudoso Dr. Luiz Nogueira, Cirurgião Dentista, profissional muito querido e respeitado na cidade.
Marco Túlio Nogueira é Arquiteto Urbanista formado pela ESUDA. Como militar, esteve à frente do Cec/AEA - Centro de Engenharia e Arquitetura / Assessoria de Engenharia e Arquitetura da Polícia Militar do Estado de Pernambuco. Também atuou profissionalmente como Consultor Sênior em um grande escritório de Recife.
O capitão Paz, pré-candidato a Prefeito na cidade é Oficial da reserva do Exército Brasileiro, formado em Direito, com pós-graduação em Direito Penal e Administrativo, possui o Curso de Negociações de Contrato Internacional, atuou na Assessoria Jurídica do Estado-Maior do Exército e no EPEX - Escritório de Projetos do Exército, órgão de coordenação executiva do Estado Maior do Exército (EME) para fins de governança do Portfólio Estratégico do Exército, constituindo-se no escritório de projetos de mais alto nível da Força.
Num bate papo descontraído, o Arquiteto Marco Túlio parabeniza a iniciativa e muitos aspectos do projeto do novo Parque Balneário Abelardo Wanderley, contudo, com um olhar eminentemente técnico faz críticas a situação em que se encontra o Parque após a sua inauguração
Capitão Paz: Gostaria que vocêfalasse na sua visão o que observa na obra do Parque Balneário Abelardo Wanderley?
Túlio Nogueira: parabenizo de uma forma geral a iniciativa e alguns aspectos do projeto do novo Parque Balneário Abelardo Wanderley, tais como um complemento das belezas naturais de Paulo Afonso e como sendo mais um ponto turístico para a cidade.
Capitão Paz: Na sua perspectiva como Arquiteto e Urbanista a obra já estava tecnicamente em condições de ter sido inaugurada?
Túlio Nogueira: Alguns procedimentos tinham que ter sido priorizados antes de se colocar a disposição do público, a fim de se evitar contratempos, tais como:
- um dos pontos mais críticos e perigoso é a falta do gradil de segurança que coloca em risco de vida, principalmente as crianças, adultas e idosos que não saibam nadar, pois numa eventual queda em partes profundas do lago poderia além da fatalidade com a perda de uma vida, causar uma comoção geral e prejudicar nossa imagem como cidade turística;
- inexistência de uma barreira natural (jardins) entre os apreciadores e o lago, já motivo de inúmeras reclamações;
- o uso indevido de energia desviado de forma amadora dos postes de luz por alguns ambulantes no local;
- falta de segurança no local (ponto de apoio e Núcleo da PM e/ou Guarda Municipal), e
- poucos pontos de coleta de lixo seletivo e a falta de fiscalização.
Capitão Paz: Um dos maiores problemas de Paulo Afonso e a falta de empregos na cidade, tornamo-nos notoriamente nos últimos 30 anos uma “Indústria de exportação de peões de trecho”, mas segundo a Prefeitura a obra foi pensada para gerar empregos, você concorda?
Túlio Nogueira: Como disse anteriormente, foram complementadas as belezas naturais de nossa cidade, mas infelizmente somente direcionadas aos nativos da cidade, pois o investimento no turismo há muito tempo não existe, consequentemente não há contrapartida na geração de empregos. Criou-se somente alguns poucos empregos temporários durante a construção da obra e posteriormente um número insignificante de colocação de ambulantes no local, acredito que somente isso.
Acredito que toda obra deve priorizar a geração de empregos e rendas e posteriormente tornar-se mais um ponto turístico para a cidade e não o contrário, fato que ocorre com o Balneário.
Capitão Paz: Qual a mensagem que você gostaria de deixar para os co-cidadãos Pauloafonsinos Arquiteto e Urbanista Túlio Nogueira?
Agradeço a oportunidade Capitão Paz, pois venho acompanhando sua preocupação, como filho da terra, ouvindo inúmeros profissionais e a população em buscar soluções viáveis em todos os aspectos (sociais, econômicos, infra-estrutura etc) para o bem-estar da nossa cidade, mas a meu ver, como profissional, as obras deveriam fomentar emprego e renda, pois a população não come, bebe ou vive de praças.
Criou-se mais um ponto para ambulantes o que demonstra a deficiência das gestões antigas e atual em solucionar o que mais aflige a população de nossa cidade que é a falta de emprego e geração de rendas.
(Capitão Paz)
Todo cidadão e cidadã tem o direito a paisagem. Perigoso era antes, chamada de zona leste, onde muitos jovens arriscavam sua vida, a serem violentados e estigmatizados pela polícia, por que utilizam um espaço altamente escuro e marginalizados para passar momentos de lazer. Nem todo espaço que se constróe tem que gerar renda. A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. Pelo Direito a Paisagem! o Balaneário ficou lindo e merece nosso apreço.
O importante para muitos é ter uma bela praça ou um belo parque para que turistas fiquem maravilhados com a beleza da cidade, as vezes a beleza nos hipnotiza e não nos permite ver o óbvio. Obrigado pela informação importante!