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Opinião/Reflexão/Crônica

JUNTO ÀS ÁGUAS, ALIVIANDO A BAGAGEM...

Publicada em 23/06/20 às 14:19h - 1234 visualizações

Antônio Galdino


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JUNTO ÀS ÁGUAS, ALIVIANDO A BAGAGEM...
Nascer do sol no Lago da Usina Paulo Afonso 4, dia 5 de dezembro de 2005. Há esperança!!!  (Foto: Fotos: Antônio Galdino)


O mundo vive as agruras da pandemia do coronavírus. O noticiário dos jornais, da televisão, até as informações das redes sociais, só falam em mortes pelo Covid-19. Até quando não foi esta a causa mortis...


A vida parece ter virado apenas um amontoado de números. Quantos morreram, quantos estão infectados, quantos empregados demitidos, quanto foi o prejuízo das empresas, quantas já fecharam suas portas...


A palavra de ordem, é quantos, número, quantidade... E sempre, ou quase, números negativos, que levam ao choro e ao desespero, à desesperança...

E lembrei do belo soneto de Dedé Monteiro chamado As quatro velas...

 

Quatro velas ardiam sobre a mesa,
E falavam da vida e tudo o mais.
A primeira, tristonha: “Eu sou a PAZ,
Mas o mundo não quer me ver acesa…”

A segunda, em soluços desiguais:
“Sou a FÉ! Mas é triste a minha empresa:
Nem de Deus se respeita a Realeza…
Sou supérflua, meu fogo se desfaz…”

A terceira sussurra, já sem cor:
“Estou triste também, eu sou o AMOR…
Mas perdi o fulgor como vocês…”

Foi a vez da ESPERANÇA – a quarta vela:
“Não desiste ninguém, que a vida é bela!
E acendeu novamente as outras três!

 

Assim, contrariando a tantos, de pensamentos tão negativos, decidi mexer no fundo do baú e ali encontrei um texto que publiquei no Facebook há quatro anos, quando a vida era só abraços e sorrisos, sem nenhum medo de contágio desse vírus.


Há quatro anos, por esse tempo mesmo, o Nordeste se revestia de bandeirolas coloridas e ao som da sanfona e dos fogos de artifício e saboreando as comidas da época, as famílias, os amigos, cidades inteiras festejavam os santos católicos do mês de junho – Santo Antônio, São João, São Pedro...


Contrariando tudo o que está à minha volta, esse clima de ansiedade e de tristeza resolvi trazer à memória essas lembranças que mostram as belezas criadas por Deus, estes cenários de tantas águas e essa calmaria que faz bem ao coração.


Reapresento então o que escrevi há quatro anos, com algumas palavras a mais e outras tantas fotos, como um convite para aliviar as bagagens, tantas, tão desconfortáveis e pesadas que carregamos todos os dias.


“Hoje, abri a janela e me encontrei com um lindo dia. E pensei nas correrias dos que querem se eleger nas próximas eleições e dos que correm tanto para juntar fortunas para deixar para os herdeiros brigarem por ela.


Decidi que devo continuar sendo grato a Deus por tudo que ele me tem dado, suprido às necessidades para a minha caminhada e da minha família.


E lembrei que o melhor é mesmo pensar nos ensinamentos bíblicos que dizem que “há um tempo para todo o propósito debaixo dos céus...” e também afirmam que “a cada dia bastam os seus cuidados...”.


Talvez tenham sido essas reflexões que inspiraram Almir Sater a escrever a canção Tocando em Frente, quando diz: “Ando devagar, porque já tive pressa, e levo esse sorriso...”


Ou estas reflexões tenham também inspirado Cora Coralina, a jovem poetisa do alto de sua sabedoria de mais de 70 anos, que escreveu:


"Pedi um favor ao vento:

Leve tudo que for desnecessário.

Ando cansada de bagagens pesadas...

Daqui para frente levo apenas o que couber no bolso e no coração"...


Ah! E sobre esse tema, Max Lucado escreveu todo um livro chamado Aliviando as Bagagens. Quem puder, leia...


Tenham todos uma boa semana... se possível, no aconchego do carinho dos mais amados, livre, solto na natureza, talvez admirando as águas calmas de um lago como este, do Capuxu, em Paulo Afonso, no final de um outono, quase inverno...

... Ou no amanhecer ou entardecer às margens do Lago da Usina PA-IV, do Lago Moxotó.


Eu, voltei nos pensamentos e trouxe à memória a beleza do Lago ou da Praia de Imena, na Base Aérea de Salvador, refúgio de descanso de presidentes do Brasil, onde estive com os formandos da Adesg/Paulo Afonso – Turma Pioneira nos idos de 2006 e as imagens das muitas águas do rio São Francisco, de anos atrás, como a Cachoeira bela e o lago do Touro e Sucuri de águas límpidas...


Também me redescobri passeando e observando as águas aprisionadas do São Francisco pelos paredões do cânion, em Paulo Afonso e olhando o abraço do rio com o Oceano Atlântico sob os olhares dos barquinhos de Piaçabuçu/AL...


... E me reencontrei relaxando numa rede às margens desse rio tão maltratado e ainda tão importante para todos, numa das muitas curvas deste rio em terras delmirenses...


A mansidão das águas permitem esses devaneios e poesia e um grande alívio das pesadas bagagens que são colocadas sobre nossos ombros todos os dias...

Fraternal abraço. Professor Galdino. 

(VEJA mais fotos no Facebook Antônio Silva Galdino)





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7 comentários


Luciano Cristovam dos Santos

10/07/2020 - 19:52:41

Entrei na Chesf em 1974,e conheci o Professor Galdino e nunca o esqueci ,acho que se ele não fosse Professor,talvez não lembraçe mais dêle. Um homem esquece sua primeira namorada,mas nunca o seu primeiro Professor.


Rsimundo

23/06/2020 - 17:28:58

Muito lindo tudo ótimo que beleza


Angelo José Montenegro Girão

23/06/2020 - 17:09:21

Galdino, uma das maiores reservas morais que a cidade de Paulo Afonso te.


Angelo José Montenegro Girão

23/06/2020 - 17:09:18

Galdino, uma das maiores reservas morais que a cidade de Paulo Afonso te.


Paulo Lopis

23/06/2020 - 16:22:48

Parabéns professor Galdino pelo brilhante texto. Como entre tantos outros por pelo amigo e irmão escritos, este foi simplesmente excelente. Fraternal abraço. Paulo Lopis.


Socorro Rolim

23/06/2020 - 15:43:41

Que belas paisagem, a natureza é o maior bem que o nosdo Deus único nos concede, mesmo que nós não mereçamos, o seu poema de acordo com a atualidade, o momento que vivemos.


Socorro

23/06/2020 - 15:20:09

Enquanto estamos em quarentena, sabiamente a natureza se recompõe, se renova, se refaz. Excelente, o seu texto, muito atual, até parece ter sido escrito, hoje!


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