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Opinião/Reflexão/Crônica

Antagonismo Político e seus efeitos sobre a Sociedade

Publicada em 18/01/21 às 12:33h - 635 visualizações

Paulo Roberto


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Antagonismo Político e seus efeitos sobre a Sociedade
 (Foto: Divulgação)


Em momentos marcantes da história do Brasil, nos deparamos com pensamentos e linhas políticas congruentes e divergentes, mas sem um ponto de equilíbrio capaz de nivelar as diferenças sociais, criando abismos ainda maiores, que só viriam a prejudicar os menos favorecidos. Vimos isso se desdobrando desde a derrocada monástica (1822-1889), passando pela condescendência política de líderes (a partir da Proclamação da República - 15/11/1889), que de maneira significativa (ou não), assinaram seus nomes em páginas ainda em branco da nova história, criando vertentes políticas que, dificilmente, norteariam nosso país.

Dando um salto no tempo, encontramos presidentes que deixaram, de alguma forma, outras marcas significativas nessa história, a exemplo de Getúlio Vargas (conhecido como “Era Vargas”), culminando com um fato trágico, bem como daqueles que inauguraram um tempo de decepções, uma atrás da outra, e esses não preciso nem citar, porque são muitos.

Certo que, fomos colonizados por um povo que lançou sobre o nosso país o carma da subserviência, neutralizando nossa independência comercial, cultural e religiosa; mas parece que até os dias atuais, essas marcas negativas, insistem em se manifestarem a cada tempo eleitoral.

A grosso modo, nem o modelo monástico (diga-se de passagem, cheio de controvérsias), tampouco a República com o sistema aspirante à democracia (ainda hoje num formato embrionário, sem real entendimento por classes da sociedade), foram capazes de desdenhar o processo evolutivo da nossa sociedade.

Pormenorizando a esfera macro política, a realidade municipal da política exercida sobre as classes sociais, não difere daquelas mais arcaicas, onde se ensaiava o modelo a ser exercido em razão do povo (não o contrário). Ainda sentimos na veia, o escaldante sistema que oprime e chega a matar sonhos e consciências ideológicas comunitárias.

Nunca foi tão gritante a necessidade de se traçar uma nova dinâmica político-social inclusiva, que coloque num patamar favorável à dignidade, aqueles e aquelas que se encontram excluídas e marginalizadas, um estigma que se alastrou. Contudo, há espaço para que todos participem do desenvolvimento humano, social e econômico, mas faltam pessoas comprometidas com este propósito.

Boa parte da sociedade pauloafonsina está submetida a esse tipo de política, principalmente nas regiões periféricas da cidade, que aparentemente, cansada da politicagem e da ausência de Políticas Públicas para os diversos setores, se contentando com o famoso 'assistencialismo' e as negociatas mesquinhas barganhadas por pessoas inescrupulosas, fatalmente, este modelo político está se tornando uma cultura (danosa) que vem sacrificando a saúde pública, a educação, o desenvolvimento social...

Enquanto a política surge como saída para a organização das cidades, dos anseios da população (a PÓLIS, projetada ainda na Grécia antiga), com o passar do tempo, em crescente descompasso, vimos políticos mal-intencionados (ou maus políticos) espalharem joio entre a plantação, cujos frutos despontavam vigorosamente; com isso, se disseminaram e não houve quem se atrevesse em promover a eira, ou porque teve medo, ou porque se juntou ao joio e cresceu junto, ainda hoje é assim.

O que realmente quero dizer com tudo isso, é que os anseios da população continuam os mesmos: necessidade de infraestrutura, atendimento de qualidade no âmbito da saúde, saneamento básico, emprego e renda para todos, menos desigualdades.... Quanto à finalidade política, no formato que passa na cabeça de muitos políticos, já não posso dizer o mesmo, pois continua crescente a ambição pelo poder e a busca desesperada por benefícios pessoais.

A percepção de que não cabe mais nos dias atuais e vindouros, este modelo opressor e capitalista de se fazer política, é cada vez mais nítida na sociedade. Embora pareça que estamos evoluindo neste processo de retomada da força que emana do povo, em exercer a missão de apontar que caminhos queremos trilhar, a partir daí, possamos escolher (de maneira livre) nossos representantes nos Poderes Legislativo e Executivo, usando critérios mais rigorosos de escolhas, analisando profundamente o histórico e a capacidade de cada um.

Diante disso, cabe nos perguntarmos: Qual a lição que fica para nós? O que temos feito para mudar essa realidade?

Acredito que o único caminho que não podemos fazer, é cruzar os braços e esperar pelos outros.

Podemos até nos sentirmos cansados de lutar, mas quando a luta pesa, o que precisamos é tomar fôlego e continuar lutando, se envolvendo com problemas sociais e políticos da cidade, criando, denunciando, apontando saídas.

Gosto muito do trecho da música do saudoso Gonzaguinha (Sementes do amanhã) que diz: "...nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será". Não espere. Não desista de lutar. Podemos mudar os rumos da história.

 

Síntese Biográfica do Autor

Paulo Roberto, conhecido como ‘Paulinho da Igreja’, tem 43 anos, é casado, pai de dois filhos, graduado em Tecnologia em Administração de Pequenas e Médias Empresas e pós-graduado em Comunicação Pública; é músico, católico, Ministro da Palavra e voluntário em várias ações sociais e caritativas em Paulo Afonso, principalmente com os jovens. Ele é o atual coordenador do projeto Cultura de Paz (iniciativa da Diocese de Paulo Afonso) atuou por doze anos na política e na administração pública na cidade de Santa Brígida, onde foi agraciado com o Título de Cidadão Santabrigidense, pela Câmara Municipal de Vereadores.

Em 2020, pela primeira vez, Paulinho se candidatou para Vereador de Paulo Afonso pelo Partido PODEMOS, alcançando 636 votos, ficando como 1° Suplente do partido.

Paulinho tem um canal no YouTube (Música e Prosa - Paulinho Santos), onde posta vídeos motivacionais e de reflexões bíblicas, voltado ao cotidiano das pessoas, sempre interagindo com o público também através de Lives.




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