O rio São Francisco, assim chamado em homenagem a São Francisco de Assis, devido a sua descoberta por viajantes por volta de 1501, exatamente no dia 4 de outubro, dia do Santo. Todavia, o “Velho Chico” já era habitado pelos povos originários que o chamavam de Opará, conforme dados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CHESF).
O “Velho Chico”, como é também carinhosamente chamado, é um dos maiores cursos d’água existentes no Brasil e de suma importância para o povo brasileiro, especialmente as populações nordestinas e, sobretudo as ribeirinhas, como são denominadas as comunidades que residem às margens do rio São Francisco.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente o “Velho Chico” com seus afluentes formam a bacia do rio São Francisco, ocupando uma área estimada de 640 mil km2, banhando diversas regiões do território brasileiro, beneficiando mais de 13 milhões de pessoas, atravessando os Estados da Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, abarcando as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-oeste, influenciando a cultura (costumes, folclore, artesanatos...) e movimentando a economia da sociedade brasileira.
O “Velho Chico” possui aproximadamente 168 afluentes, sendo 99 rios perenes (que não secam nos períodos de estiagem) e 69 rios intermitentes (que secam em períodos de secas prolongadas). Entre os afluentes do rio São Francisco está o rio Pajeú, Paraopeba, Abaeté, Corrente, Salitre, Carinhanha, dentre outros.
O rio São Francisco possui quatro regiões fisiográficas, apresentando as seguintes divisões: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco, ocupando os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. O “Velho Chico” possui aproximadamente 2.700 km, que equivale a cerca de 8% do território nacional, banhando por volta de 507 munícipios brasileiros, segundo o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O rio São Francisco influenciou a ocupação humana no Nordeste do Brasil, assim como favoreceu o estabelecimento de populações ribeirinhas ao longo do processo colonial, tendo em vista que o homem sempre procurou se estabelecer em locais com fontes hídricas abundantes, de modo a facilitar a sua subsistência e seu modo de vida (água, pesca, solo fértil, etc.), conforme apontado em estudos arqueológicos (Sítio Justino, Canindé do São Francisco, Sergipe, onde foi localizado um cemitério com mais de 160 esqueletos, além de outros tipos de vestígios; e o Complexo Arqueológico Paulo Afonso, situado no platô do cânion do rio São Francisco, com centenas de sítios de registro rupestre, onde foram coletadas também cultura material lítica e cerâmica, entre outros sítios arqueológicos localizados no contexto hídrico, documentando a presença humana pretérita nesses espaços), sendo que atualmente a importância do “Velho Chico” só aumenta, constituindo uma fonte de sustento, emprego e renda (abastecimento de água, pesca, irrigação, fruticultura, agricultura, pecuária, minério, transporte e etc.), de muitas populações, sobretudo, do semiárido brasileiro.
A bacia do “Velho Chico” com seu potencial e a força de suas águas é de grande relevância econômica resultantes das explorações de seus recursos hídricos, dentre os quais a geração de energia elétrica para várias regiões do solo brasileiro, através de Usinas Hidroelétricas (Complexo Hidroelétrico Paulo Afonso, Sobradinho, Itaparica, Xingó e Três Marias), fornecendo energia para a região Nordeste e parte do estado de Minas Gerais (IBGE).
O rio São Francisco é definido como “Rio de Integração Nacional” por ligar do Nordeste brasileiro à região Sudeste do País. O projeto de transposição do “Velho Chico” denominado “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional” é antigo, perpassou pelo governo de vários Presidentes da República, demorou a sair do papel e ainda levará alguns anos para ser totalmente concluído.
O projeto visa construir canais que levem água para regiões brasileiras as quais as populações sofrem em decorrência da estiagem de chuvas, auxiliando milhares de famílias, produtores rurais e piscicultores do Brasil. Todavia, o projeto de transposição desde a sua idealização é alvo de críticas pelo desconhecimento dos reais benefícios e malefícios que a efetivação do projeto pode acarretar.
O Rio São Francisco, Velho Chico ou Opará como é denominado na origem indígena é uma importante fonte de subsistência, cultural, social e econômica, portanto, é fundamental o uso e consumo de seus recursos naturais de forma sustentável, para que o “Velho Chico” e as riquezas dele advindas possam ser preservadas para as presentes e futuras gerações.
DIGA NÃO A POLUIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO/VELHO CHICO/OPARÁ E AO USO DESENFREADO DE SEUS RECURSOS NATURAIS! FAÇA SUA PARTE!!
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