Da editoria do site www.folhasertaneja.com.br
O jornalista e professor, também acadêmico da ALPA, Aníbal Nunes, também artista plástico renomado, que produziu durante muitos anos as Revistas Gazeta de Paulo Afonso e Gazeta da Bahia, trouxe à memória de muitos, como um retorno ao passado, e ao conhecimento dos mais novos, que nem tinham nascido nesses tempos áureos de Paulo Afonso, algumas lembranças de fatos, pessoas, acontecimentos, instituições que ele, Aníbal Nunes, acompanhou por longos anos.
Ao publicar essas suas lembranças nas redes sociais, grupos de WhatsApp, houve a natural repercussão com compartilhamentos em outros grupos e consequente empolgação dos mais idosos.
Resolvi, mesmo sem pedir autorização ao seu autor, até porque sou um dos personagens lembrado por ele, ilustrar esse conteúdo com algumas imagens que tenho em arquivo, meu acervo pessoal e de pessoas que também amam essa cidade/município e, estaremos publicando esse material – texto e imagens que lhe acrescento agora, na edição do mês de Março/2023 do jornal Folha Sertaneja que estamos lutando muito, buscando apoios para que ele volte a ser impresso. Esse material no site está no espaço que chamamos de Memória Viva! Boa leitura, boas lembranças.
Antônio Galdino – editor.
COMO ESQUECER PAULO AFONSO?
por Aníbal Alves Nunes
Como esquecer o "Papa Fila" e seu motorista Boi Véi, que levava e trazia alunos do SPI e Fazenda Chesf, fazendo batucada na chaparia daquele ônibus gigante e desembarcavam em frente às Casas Pernambucanas e na Igreja de Fátima?
Como esquecer das guaritas da Chesf, a principal, a da Rua D, a do Murilo Braga, a da Tapera, as do Moxotó e da SE3 no lado alagoano com seus guardas, os quais a criançada apelidava de "pivôs"?
Como esquecer os hotéis Tropical, São Francisco, Palace, Flórida, Globo, Guadalajara, Cacique, Belvedere?
Como esquecer o trampolim do balneário, o Paraíso, o CIEPA da Baixa Funda, a empresa Barros (de Manoel Barros de Freitas) antes da Vitran, o Posto Dois Irmãos no final da Getúlio Vargas, a fábrica de café e fubá Paulo Afonso de seu Dionísio Pereira?
Como esquecer a fábrica de Cajuína Escoteiro de Waldomiro atrás do Coliseu, a Padaria Nova, Panificadora Paulo Afonso de Cícero Lins, os restaurantes: Tropeiro, Tô à Tôa, Da Parada, Rei da Caça de Miguel do Bogó, Skinão, Guanabara?
Como esquecer o serviço de alto falantes Miramar de Salvino, nas vozes de Zé Rudival, Gilberto Leal e Odon e anos depois, chamada das cartas e "A Hora do Rei Roberto Carlos" com o locutor Luiz Martinelli?
Da esquerda: Antônio Galdino, Ângela, Juvenal, Fernando Menezes, Isac, Pinto e Ailson, no Coliseu Show
Como esquecer o programa de calouros Coliseu show com Antônio Galdino, Nilson Brandão, Saul Camboim, Sandro Rogério, Djacy Silva, os saraus do Copa, CPA, CREIA e Olímpico, os jogos do Olímpico, Caveira e Redenção no Ruberleno?
Como esquecer Carlos Rodrigues e seu programa "Show da Tarde" na Rádio Poty de Roque Leonardo (ao lado do Posto Avenida)?
Como esquecer da distribuição de cestas básicas, bacalhau e dos shows nos aniversários dos Supermercados Pesqueira de Alonso Maciel que atraia milhares de espectadores?
Como esquecer de Gilberto Leal e sua veraneio de propaganda volante "A voz do povo" e dos Pastoris de Natal apresentados por ele e Edvaldo Santos nas igrejas locais?
Como esquecer do vereador de Glória, o pequeno grande homem, Abel Barbosa que emancipou Paulo Afonso e depois foi indicado duas vezes como seu prefeito?
Como esquecer Oscar Silva e Wilma Rodrigues, autores do hino da cidade, os professores Gilberto Oliveira, Formigli, Lindinalva Cabral, Noêmia, Olegário do supletivo, Gildo Lira, Lúcia Cordeiro, Katia, Zemira, América, Jocelina, Chico, Ivaldo, Salésio?
Como esquecer os médicos do Hospital Nair Alves de Souza e dos postos: Dr. Zezinho, Dr. Roque Manoel, Dr. Edson Teixeira, Alcione, Hemetério, Dra. Nélia, Dr. Gilvan, Dra. Francisca Barros?
Como esquecer Pedro Ferreira da Sacol, Zezito da Cibel, Edmar da Cinoc, Chico da Ental, Gilvo de Castro, Manoel da Manesa e outros empreiteiros?
Como esquecer o Sr. Neves do Banco Real, Romano do Banco da Bahia atual Bradesco, Antônio, João Abílio do Banco do Brasil?
Foto do acervo de João de Sousa Lima
Como esquecer os padres Mário Zanetta, Lourenço Tori, Alcides Modesto, distribuindo alimentos, construindo casas em mutirão para os pobres do BTN e outras comunidades, irmã Celina apoiando os idosos, cuidando da saúde dos carentes e irmã Rita ensinando artes no artesanato?
Como esquecer tenente Iran Barreto, Chefe da Guarda da Chesf com mais de 200 seguranças e seus assessores Pombinha, Enoque, Monteiro, Severino, Cordão?
Alguns pioneiros: Alonso Maciel, da Pesqueira, Chiquinho da Casa Matos, D. Noquinha, D. Risalva Toledo (do Bazar das Novidades) José Rudival e Abel Barbosa.
Como não lembrar dos comerciantes: Santiago M. O. Lira, Salvador Xavier, Bacoca, Zuca do Moinho, Chiquinho da Casa Matos, Dona Noquinha, Noé Pires, Dona Risalva, José Gomes, dona Alzira, Dernival Oliveira, Dona Darcy, João de Brito, Sebastião Leandro, Otaviano Leandro, Alexandre Amâncio, Alonso Maciel, José Rudival, Antônio Exalto, Marotinho?
Como esquecer a Sala de Visitantes com Socorro Magalhães, seu João, seu Antônio e equipe recepcionando os turistas?
Como esquecer os cinemas Coliseu, Palace, São Francisco (centro) e Regina (BTN) implantados por José Rudival e os cinemas do Copa e CPA?
Como esquecer Roque Leonardo da Rádio Poty, Ratinho da Rádio Tupy, Antônio José Diniz da Rádio Cultura, Distribuidora Sedução e seu Nicolson dando brindes às crianças no Posto Oasis?
Como não lembrar de Paraíba discursando na tribuna livre da Getúlio Vargas, Saboriê gritando "olha o picolé menininho"!, seu Zé Poção dirigindo lentamente seu caminhão para as feiras de Santa Brígida?
Como esquecer os nossos cantores: Gilmar Melo, Isac, Oscar Silva, Jailson Baiano, Carlinhos Trepidação, Severino Bica, Leonan, Zé Ivan, Manoel França, Edemir Rodrigues, Jairo, Mizael Leléo, Fernando Menezes, Bernadete Goiana, Gutemberg, Francisco Feitosa, Aroldo Silva, Antônio Ferrageiro, Zé Luiz, Ivo de Paula, Arailton, Erivelton, Robson, Rosângela, Márcia, Edinilza, Fátima, Laércio?
Como esquecer as bandas: Dissonantes, Satélites, Nova Viagem, A Cor do Som, Neon, Cipó, Ellos, Mathéria Prima, Ave Rara, Forró Desarmado, Banda Shock, Puro Amor, Banda Love, Grupo Jovem, The Britos, The Elétrons Seven e os sanfoneiros Deca e Enock?
Mercado e feira livre onde hoje é a UNEB, perto do COPA, até 1960
Feira livre na Rua da Frente (Av. Getúlio Vargas) a partir de 1960
Como esquecer os chafarizes da Poty, a feira e o mercado na rua do Gangorra (atual Uneb), a feira grande que lotava a Rua da Frente e outras ruas até a Libanesa e das sorveterias Polimar e Botijinha?
Como esquecer o muro de pedra que cerca todo o acampamento Chesf com várias guaritas, inclusive nos lados de Alagoas e Pernambuco?
Como esquecer o "Mangaratiba" que por muitos anos funcionou na feirinha com suas boates e cabarés até o dia que a justiça mandou a polícia e o exército demolir e desativar tudo?
São tantas histórias maravilhosas que não cabe num só programa, num livro de poucas páginas. Parabéns minha amada cidade!
Como esquecer a Gazeta?...........Aníbal, digno imortal!