Do Editor do site www.folhasertaneja.com.br
Também compartilhamos das preocupações externadas nesta matéria pelos redatores do site www.pa4.com.br e pelo ex-administrador do Aeroporto de Paulo Afonso e de outras cidades, o experiente Itaíbes. A privatização de uma empresa é sempre motivo de preocupação para os gestores do município e, no caso uma nova gestão para o próximo quadriênio, porque, como afirmou Itaíbes, há sempre a preocupação com o lucro.
No caso específico de Paulo Afonso, temos o exemplo da Chesf. No caso do Aeroporto de Paulo Afonso, todos sabem que ficou um bom tempo ocioso e embora os voos tivessem sido reiniciados, "coincidentemente", no período da campanha para governador do Estado, hoje não se tem nenhum voo para os dois principais portões de entrada dos turistas no Nordeste que são Recife/PE e Salvador/BA que até anuncia para esses dias a chegada do primeiro voo direto de Paris.
Leve-se em conta também que, nos últimos anos houve uma grande desatenção aos cuidados com as ações de promoção do potencial turístico de Paulo Afonso, um dos motivos que podem fazer voltar a funcionar regularmente o aeroporto. Pairam dúvidas sobre o futuro deste importante aeroporto regional, como assegurou Itaíbes Paiva.
Em face dessa minha opinião e da importância desse assunto, peço licença ao site www.pa4.com.br para reproduzir, na íntegra, inclusive com a foto, esta matéria. Abraço fraterno. Prof. Antônio Galdino - Editor do site www.folhasertaneja.com.br e do Jornal Folha Sertaneja online, onde desejamos também reproduzir esta matéria. P.A. 24/10/2024.
O futuro do aeroporto de Paulo Afonso: esperanças e preocupações com a privatização
O Aeroporto de Paulo Afonso foi incluído em um novo programa de concessões de aeroportos regionais, aprovado na última quarta-feira (23) pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A iniciativa, batizada de Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais (Pipar), pretende fomentar a infraestrutura de aviação em cidades estratégicas, atraindo concessionárias que já administram aeroportos no Brasil, como os de Guarulhos (SP) e Brasília (DF).
O modelo proposto prevê leilões simplificados para empresas que já possuem contratos vigentes, facilitando as negociações para a ampliação dos acordos. A concessionária responsável pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos foi a primeira a ter o contrato prolongado, servindo como exemplo para futuras parcerias.
O programa deve investir cerca de R$ 2,1 bilhões na primeira rodada, englobando aproximadamente 100 aeroportos em todo o país. Contudo, o TCU estima que apenas metade desses terminais deve atrair o interesse das concessionárias. “Apesar de fundamentais para a integração da malha aérea brasileira e desenvolvimento das regiões mais isoladas, a manutenção da infraestrutura de aviação representa uma despesa extra para os cofres públicos”, afirmou o TCU em seu parecer.
Paulo Afonso
Entre os aeroportos incluídos no programa, estão três localizados na Bahia: o Aeroporto de Paulo Afonso, o Aeroporto Municipal Isaac Moura Rocha, em Guanambi, e o Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis. O governo espera que as concessões melhorem as condições operacionais e garantam novos investimentos nessas regiões.
O Pipar também oferece a possibilidade de uma oferta permanente para novos aeroportos regionais, permitindo que propostas sejam apresentadas continuamente, caso não sejam contempladas na primeira rodada. O modelo inclui um sistema de “subsídio cruzado”, no qual a receita de um serviço é destinada a cobrir os custos de outros serviços aeroportuários, reduzindo o impacto financeiro sobre o governo.
Opinião do ex-superintendente do Aeroporto de Paulo Afonso
O ex-superintendente do Aeroporto de Paulo Afonso, Itaibes Paiva, mostrou-se cauteloso quanto aos impactos da privatização. Para ele, “privatizar nem sempre é a solução, pois o lucro será sempre a prioridade das empresas. Nossa cidade tem atrativos que podem impulsionar e melhorar a aviação, mas falta o mais importante: interesse político. Corremos o risco de o aeroporto ser privatizado e nada mudar, principalmente porque o leilão será feito em lotes. Isso significa que podemos ver investimentos em cidades como Lençóis e Guanambi, enquanto Paulo Afonso corre o risco de ser esquecida.”
Paiva ressaltou ainda a necessidade de uma cláusula no contrato que garanta investimentos em Paulo Afonso: “É essencial que haja uma cláusula no contrato que garanta investimentos aqui, pois, do ponto de vista de quem investe, Paulo Afonso pode não ser financeiramente atrativa o suficiente para justificar grandes aportes. Infelizmente, essa parece ser a visão do próprio Governo do Estado, que desde 2014 é o responsável pelo aeroporto e até agora não fez nenhum investimento significativo em nossa cidade.”
A preocupação é que, sem um compromisso claro no contrato de concessão, o desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária em Paulo Afonso continue estagnado, impactando negativamente o turismo e o desenvolvimento econômico da região.
Q se PRIVATIZE. UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL.