No dia 5 de maio de 1865 nascia, em Mato Grosso, o homem que foi o líder do primeiro esforço de grandes proporções para a integração nacional por meio das comunicações: Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Cândido Rondon.
Em reconhecimento ao trabalho que realizou, a data de seu nascimento foi instituída como o Dia Nacional das Comunicações.
Foi no final do século 19, quando era major do exército brasileiro, que Rondon foi nomeado chefe da Comissão de Construção das linhas Telegráficas. A missão, considerada impossível para a época, era conectar pelo fio do telégrafo a capital federal, Rio de Janeiro; a cidade de São Paulo e o Triângulo Mineiro aos lugares mais distantes do território nacional, como Amazônia, Mato Grosso e a fronteira do Brasil com o Paraguai. A dificuldade da missão estava em atravessar milhares de quilômetros de sertão e de florestas inexploradas. No final do trabalho, que durou anos, haviam sido instalados sete mil quilômetros de cabos telegráficos, o que permitiu que a comunicação atingisse territórios que antes eram isolados.
Durante toda a sua vida, Rondon percorreu mais de 100 mil quilômetros pelo Brasil, o equivalente a duas voltas e meia ao redor do planeta. Em suas andanças pelo país, Rondon ajudou a demarcar fronteiras, descobriu serras, planaltos, montanhas e rios, elaborando as primeiras cartas geográficas de áreas até então totalmente desconhecidas.
A importância do trabalho de Rondon é reconhecida no mundo todo. Em 1957, meses antes de morrer aos 92 anos de idade, foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, pelo The Explorers Club, de Nova Iorque.
Outro reconhecimento mundial ao seu trabalho veio da Sociedade Geográfica de Nova York, que incluiu o nome Cândido Rondon, em placa de ouro, ao lado de outros quatro grandes descobridores e exploradores da Terra: Pearry (descobridor do Pólo Norte), Amundsen (descobridor do Pólo Sul), Charcot (explorador das terras Árticas), Byrd (explorador das terras Antárticas), e, por fim, Rondon, como o maior estudioso das terras tropicais.
Descendentes de índios, Rondon também se destacou pela maneira humanitária como conduziu a sua missão, sempre respeitando os povos indígenas, ele mesmo sendo descendentes dos bororós e terenas. Foi o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e um dos que incentivaram a criação do Parque Nacional Indígena do Xingu. A contribuição de Rondon para a integração das regiões mais isoladas do País fez com que ele fosse homenageado com o nome de um estado: Rondônia. No seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de Marechal Honorário do Exército Brasileiro, concedido pelo Congresso Nacional.
Mais de cem anos depois, os Correios continuam o legado de Rondon no propósito de integrar o território nacional.
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Num país de dimensões continentais, multicultural, climas diversos e geografia desafiadora em muitas regiões, a estatal trabalha empenhada para que todas as localidades estejam interligadas, não importando o desafio. Porque aproximar, assim como foi com Rondon, é a missão dos Correios.
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